O resultado dos ataques realizados este sábado pelos Estados Unidos, em conjunto com o Reino Unido e a França, contra alvos na Síria “não poderia ter sido melhor”, escreveu o Presidente norte-americano, Donald Trump, na rede social Twitter.
Missão cumprida”, disse o chefe de Estado norte-americano, frisando que o ataque foi “perfeitamente executado”.
A perfectly executed strike last night. Thank you to France and the United Kingdom for their wisdom and the power of their fine Military. Could not have had a better result. Mission Accomplished!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 14 de abril de 2018
Trump também fez questão de agradecer o apoio dos aliados ingleses e franceses.
Obrigado à França e ao Reino Unido pela sua sabedoria e pela capacidade dos seus excelentes exércitos”, salientou.
Trump dirigiu palavras elogiosas aos militares norte-americanos, afirmando estar orgulhoso e prometendo que em breve, após a aprovação de novas verbas para as forças armadas norte-americanas, estes serão “os melhores” que os Estados Unidos (EUA) alguma vez tiveram.
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Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram este sábado de madrugada uma série de ataques com mísseis contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco.
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Pentágono diz ataque foi "preciso e esmagador"
Os Estados Unidos dizem que os ataques desta madrugada à Síria atingiram com sucesso todos os alvos e que foram "precisos e esmagadores". O Pentágono, que falou em conferência de imprensa cerca das 14:30 portuguesas, diz ainda que não procura um conflito com a Síria e que o objectivo era enviar uma mensagem clara contra o uso de armas químicas.
Temos muita confiança que danificámos a capacidade química de Assad", sublinhou a porta-voz do Pentágono, Dana White.
O Pentágono fala de um “golpe severo” que “degradou significativamente” la capacidade da Síria de usar armas químicas. Porém, admite que a Síria tenha mais instalações com arsenal químico, além dos três locais bombardeados. Os EUA explicam que os locais bombardeados eram os mais adequados para evitar danos colaterais e mandar uma mensagem forte ao regime de Assad.
Os EUA deixaram ainda claro que não há dados de que os ataques tenham feito vítimas e clarificam que, desde os ataques dos aliados, não foram observados quaisquer movimentos das forças militares e que os bloqueios da Força Aérea síria foram "ineficazes".
Kenneth F. McKenzie Jr, diretor do Estado Maior Conjunto afirma que, no total, os EUA, a França e o Reino Unido lançaram um total 105 mísseis.
Durante uma conferência de imprensa, este sábado, a porta-voz do Pentágono, Dana White, lançou um repto direto à Rússia: Moscovo deve assegurar-se que o regime sírio nunca mais vai usar armas químicas.
"Apelamos à Rússia que honre os seus compromissos para se certificar que Assad e o seu regime desmantele o seu programa de armas químicas e nunca mais volte a usar armas químicas outra vez."
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se hoje a partir das 15:00 TMG (16:00 em Lisboa) para analisar o ataque conjunto dos Estados Unidos, Reino Unido e França contra alvos na Síria. A Rússia propôs ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma resolução que condene "a agressão contra a Síria, pelos EUA e seus aliados, numa clara violação dos acordos das Nações Unidas".