O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu, esta quinta-feira, que os procuradores do estado de Nova Iorque podem ter acesso às declarações de impostos de Donald Trump.
Esta decisão significa que pode ser aplicada a intimação emitida para a empresa de contabilidade de Trump, a Mazars LLP, para entregar os registos financeiros do presidente a um júri, no âmbito de uma investigação criminal.
Por outro lado, a decisão do supremo impede, por agora, a Câmara dos Representantes de obter os mesmos documentos, o que significa que, provavelmente, nenhum dado será público até depois das eleições presidenciais de novembro.
Ao contrário de outros presidentes norte-americanos, Donald Trump recusa-se a mostrar as declarações fiscais e outros documentos que poderiam fornecer detalhes sobre a sua riqueza.
O presidente dos Estados Unidos tentou utilizar o cargo para alegar imunidade na investigação judicial, mas o pedido foi indeferido pelo estado de Nova Iorque.
A ideia do presidente norte-americano seria impedir uma investigação às suas declarações fiscais por um período de oito anos.
Os procuradores do estado de Nova Iorque estão a investigar eventuais fugas aos impostos e ilegalidades de Donald Trump e de uma das suas empresas.
Em causa está o pagamento de Michael Cohen, antigo advogado de Donald Trump, à ex-atriz pornográfica, Stormy Daniels, durante a campanha para as presidenciais de 2016. A mulher afirma ter dormido com Donald Trump, mas o então candidato presidencial terá tentado abafar o assunto.