Congressista lusodescendente sobre DACA: "A decisão de Trump é cruel" - TVI

Congressista lusodescendente sobre DACA: "A decisão de Trump é cruel"

  • SG
  • 8 set 2017, 19:04

Jim Costa, democrata, tem contactado diariamente com jovens preocupados com o fim do programa que lhes permite permanecer nos Estados Unidos. Em entrevista à TVI24, o político tem esperança que o Congresso possa encontrar uma solução

Todos os dias, o congressista lusodescendente Jim Costa recebe chamadas telefónicas de jovens que receiam ser afetados pela decisão da Administração Trump de revogar o programa DACA, que poderá obrigar cerca de 800 mil jovens imigrantes indocumentados a serem deportados dos Estados Unidos.

Recebemos chamadas todos os dias. Falo com este jovens, estudantes universitários, com os DREAMers... estão preocupados, receosos", avançou à TVI24, numa entrevista telefónica.

O membro do Partido Democrata da Câmara dos Representantes não tem ideia de quantos portugueses poderão ser afetados, mas aponta para a questão que, para ele, é mais importante: a de que colocar "800 mil jovens em risco" não é a "maneira americana" de atuar.

Jim Costa teceu duras críticas à decisão do presidente Trump, considerando-a “cruel e injustificada”, e espera que o Congresso, nos seis meses que tem para legislar sobre o assunto, consiga chegar a um acordo bipartidário, na ausência do qual estes jovens imigrantes (conhecidos como ‘DREAMers’), muitos deles portugueses, poderão vir a ser deportados.

O DACA foi implementado em 2012 por ação executiva do Presidente Obama, para evitar a deportação de centenas de milhar de imigrantes indocumentados que chegaram aos Estados Unidos antes dos 16 anos. 

A Administração Trump considera abusivo o uso que Barack Obama fez do poder executivo enquanto presidente, considerando ilegal a aplicação do programa DACA, justificando, assim, a revogação do programa DACA, e defende que a solução passa por quem detém o poder legislativo - o Congresso.

As autoridades portuguesas estão a acompanhar pelos canais diplomáticos e a avaliar as implicações da decisão dos Estados Unidos de acabar com este programa.

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