ONU contra «salas de chuto» - TVI

ONU contra «salas de chuto»

  • Portugal Diário
  • 1 mar 2007, 00:01
Droga

Instalações violam regras internacionais. Muitos dos estupefacientes são ilícitos

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A criação de «salas de chuto» é desaconselhada no último relatório (2006) da Órgão Internacional de Controlo de Estupefacientes (OICE), por violar as regras internacionais que consideram que drogas deverão apenas ser usadas para fins médicos.

A criação de espaços para consumir droga com assistência médica, compreende o uso, com «toda a impunidade» de estupefacientes adquiridos no «mercado ilícito».

Alguns países da Europa, como a Suíça e a Holanda, criaram «salas de chuto» e em Portugal estão na ordem do dia, havendo municípios, como o de Lisboa, com projectos para avançar.

Os defensores da sua criação argumentam que são uma forma de garantir apoio médico e social aos toxicodependentes, diminuindo a proliferação de doenças associadas ao consumo de drogas. Os opositores consideram que se trata de legalizar e fomentar o consumo das chamadas drogas «duras».

Portugal é uma das portas de entrada de droga na Europa

Portugal volta a ser citado no relatório do OICE como um dos «principais pontos» de transbordo dos carregamentos de haxixe e uma das duas principais portas de entrada de cocaína na Europa, juntamente com Espanha, registando um aumento de apreensões de 125 por cento entre 2004 e 2005. Neste último ano, foram apreendidas no país 19 toneladas de cocaína.

O haxixe, de acordo com o Órgão, continua a ser a droga mais consumida na Europa e os países do topo da tabela são a Dinamarca, França, República Checa e Reino Unido.

Estimativas do Observatório Europeu das Drogas e das Toxicodependências citadas no relatório indicam que nos Estados da UE, Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein seis por cento da população (20 milhões de pessoas) consumira haxi xe pelo menos uma vez na vida.

Já quanto à cocaína, os maiores índices de consumo foram detectados em Espanha e Reino Unido, enquanto entre a taxa de toxicodependentes europeus em tratamento, os dependentes de cocaína representam dez por cento do total.



Foram também detectados «novos problemas» no universo das toxicodependências como a falsificação ou contrafacção de medicamentos, que citando dados da organização Mundial de Saúde, a OICE diz ser de entre 25 a 50 por cento dos fármacos consumidos nos países em desenvolvimento.

A administração de uma vacina de contrafacção no Níger, em 1995, causou 2.500 mortes.
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