Os irlandeses vão seguir o exemplo da Austrália, que já disponibiliza salas de chuto em Sydney, e criar espaços na capital irlandesa onde será possível consumir drogas, incluindo heroína e cocaína. O ministro justificou a medida, vincando que estudos mostram que estes centros têm estado associados a uma diminuição dos comportamentos de risco.
"Estudos mostraram que o uso de centros de injeção supervisionados está associado à redução de comportamentos de risco."
Depois de Dublin, a Irlanda quer estender a criação de espaços semelhantes a outras cidades, como Cork, Limerick e Glaway.
O governante sublinhou ao jornal "The Irish Times" que é necessária uma mudança do paradigma cultural, que passe por apoiar os drogados, em vez de os envergonhar.
"Estou absolutamente convicto de que é preciso haver uma mudança cultural no modo como encaramos o abuso de substâncias, isto se quisermos quebrar este ciclo e fazer uma séria tentativa de combater as drogas e o alcoolismo."
Assim, o governo irlandês quer ir mais longe, descriminalizando o consumo de drogas duras em pequenas quantidades. Uma medida que, no entanto, só deverá ser implementada com o próximo executivo.
O ministro Aodhán Ó Ríordáin esclareceu que, com esta alteração na lei, o tráfico de droga continuará a ser proibido. Os consumidores é que deixarão de ser criminalizados pelo seu consumo.
.@AodhanORiordain "When it comes to drugs, we like to victim blame...what are sick people doing in a courtroom if they need medical help?"
— LSE IDEAS (@lseideas) November 2, 2015
As palavras do ministro vão ao encontro de um relatório publicado dia 19 de Outubro pelas Nações Unidas sobre drogas e crime, no qual se apela à descriminalização das drogas em todo o mundo.