Prisão perpétua para britânico acusado de espionagem nos Emirados - TVI

Prisão perpétua para britânico acusado de espionagem nos Emirados

  • Élvio Carvalho
  • 21 nov 2018, 16:15
Matthew Hedges

Matthew Hedges foi detido a 5 de maio no Aeroporto do Dubai, quando se preparava para abandonar os EAU. Depois de seis meses detido, foi condenado a passar o resto da vida na prisão

Um académico britânico de 31 anos foi condenado a prisão perpétua nos Emirados Árabes Unidos por suspeitas de espionagem, caso que está a abalar as relações entre o país e o Reino Unido.

Segundo o The Guardian, a audiência de Matthew Hedges, que decorreu esta quarta-feira, terá durado apenas cinco minutos e não contou com a presença do advogado de defesa do britânico.

A primeira-ministra e o ministro dos Negócio Estrangeiros do Reino Unido já lamentaram a sentença aplicada ao estudante de doutoramento da Universidade de Durham. Ao parlamento, Theresa May disse estar “desapontada e preocupada” com o caso e garantiu que vai questionar as autoridades dos EAU.

O ministério dos Negócios Estrangeiros vai manter um contacto próximo com o Matthew, com a sua família e o seu advogado. Vamos continuar a fazer tudo o que for possível, enquanto eles ponderam quais os próximos passos, e vamos debater este caso ao mais alto nível com os Emirados”, disse a primeira-ministra britânica.

O ministro Jeremy Hunt disse mesmo que este veredicto não é “o que esperavam de um [país] amigo e parceiro de confiança do Reino Unido.

Matthew Hedges foi detido a 5 de maio no Aeroporto Internacional do Dubai, quando se preparava para deixar o país, depois de duas semanas de pesquisa para a dissertação de doutoramento, que se foca nas relações políticas e militares após a Primavera Árabe.

O académico estava nos EAU para investigar aspetos da estratégia de segurança interna e externa do país, incluindo a guerra no Iémen. Investigação para a qual teria autorização, segundo a família.

Hedges foi detido depois de ter sido reportado às autoridades por um cidadão dos EAU que o acusou de “fazer perguntas delicadas sobre departamentos sensíveis”, para “reunir informações privilegiadas sobre os EAU”.

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