Justiça investiga morte do cão de Teresa Romero - TVI

Justiça investiga morte do cão de Teresa Romero

Auxiliar de enfermagem espanhola que sobreviveu ao ébola e o marido apresentaram queixa, alegando que o abate do animal foi feito com base numa hipótese

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O Tribunal Superior de Justiça de Madrid decidiu abrir uma investigação sobre o responsável pelo serviço de Saúde da Comunidade de Madrid. Francisco Rodríguez é suspeito do crime de prevaricação ao ordenar o abate do cão Exkalibur, três dias depois de ter sido diagnosticado ébola à dona, a auxiliar de enfermagem Teresa Romero.

Teresa Romero e o marido, Javier Limón, apresentaram queixa em outubro, através da Associação Contra Maus-tratos. De acordo com fontes jurídicas citadas pelo jornal espanhol «ABC», o Ministério Público marcou para 25 de novembro uma audiência preliminar para discutir se dá provimento à queixa. Se isso acontecer, referem as mesmas fontes, o caso segue para tribunal.

De acordo com o advogado de Teresa Romero, o responsável pelo serviço de Saúde da Comunidade de Madrid violou a Lei de Proteção dos Animais Domésticos da Comunidade de Madrid ao não fazer um diagnóstico de doenças transmissíveis e ao abater o cão com base numa «simples hipótese» e sem diagnóstico prévio.

O advogado Víctor Valladares alega também que Francisco Rodríguez violou o princípio da precaução previsto pela Lei Geral de Saúde Pública e o de proporcionalidade, salvaguardado na Lei Geral de Saúde.

Teresa Romero e Javier Limón avançaram ainda com uma ação que inclui um pedido de 150 mil euros de indemnização.

De acordo com a imprensa espanhola, Ignacio Gonzales, presidente da Comunidade de Madrid, sublinhou que este foi um caso «extraordinário». O mesmo responsável manifestou confiança «num dos melhores serviços de saúde do mundo, que acabou por salvar a vida de Teresa».
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