Grécia: estas são as propostas do Governo grego - TVI

Grécia: estas são as propostas do Governo grego

  • Élvio Carvalho
  • Notícia atualizada às 23:50
  • 9 jul 2015, 21:36

Eurogrupo já recebeu as novas propostas do governo helénico. Executivo de Alexis Tsipras tenta convencer as instituições a conceder um terceiro resgate

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O governo grego já enviou novas propostas aos credores internacionais, com as quais espera conseguir a aprovação de um terceiro resgate financeiro ao país, que terá a duração de três anos, confirmou esta quinta-feira o porta-voz do presidente do Eurogrupo.

As propostas que o Governo helénico enviou aos credores incluem um aumento das taxas do IVA e mudanças nas pensões de reforma e no regime da Função Pública, que cita a página oficial do executivo de Atenas.

De acordo com o texto das propostas publicado na página do executivo de Atenas na internet, a Grécia deseja uma solução “para regularizar” a sua enorme dívida pública, que ascende a 180% do PIB (Produto Interno Bruto), bem como “um pacote de 35 mil milhões de euros” consagrado ao crescimento económico.

A proposta grega pede um resgate de 53,5 mil milhões de euros.

O documento entregue aos credores sugere cortes nas pensões no valor de 0,25% a 0,5% do PIB este ano, sendo que, em 2016, os cortes sobem para 1%.

Os impostos para as empresas sobem 2%, de 26 para 28%.

Há ainda cortes de 100 ME na Defesa este ano e 200 milhões em 2016.

Os restaurantes vão mesmo pagar uma taxa máxima de IVA de 23%. Já o desconto de 30% neste imposto para as Ilhas acaba no final do próximo ano.

O executivo de Atenas propõe um alívio da tarifa mínima do IVA, de 6,5% para 6,0%, para medicamentos, livros e teatro.
 
Os portos e os aeroportos regionais vão ser privatizados, com o processo em andamento o mais tardar em outubro.
 
O subsídio especial para os 200 mil gregos mais pobres vai desaparecer gradualmente até 2020.
 
Já o excedente orçamental primário previsto vai de encontro ao dos credores: 1% este ano, 2% para o próximo ano e 3% em 2017.
 
As reformas antecipadas vão também ser gradualmente bloqueadas.

Note-se que as poupanças prometidas estão cerca de cinco mil milhões de euros acima do que o Governo do Syriza estava disposto a aceitar, mas, depois de duas semanas de bancos fechados, o iminente colapso financeiro do país impôs a sua lógica de obter um acordo quase a todo o custo.
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