“Penso que estamos muito perto [de um acordo], digamos uma semana”, disse Varoufakis no programa Ston Eniko, do canal “Star TV”.
“Outra moeda não está no nosso radar, nem no nosso pensamento”, acrescentou.
O governo grego necessita urgentemente de conseguir um entendimento com os credores internacionais para poder receber a ajuda necessária, a tempo da data limite para o pagamento de 1,5 mil milhões de euros ao FMI, a 5 de junho.
Segundo a BBC, Varoufakis já disse, no entanto, que irá rejeitar qualquer compromisso que considere “inviável”, e que não terá dúvidas se tiver de escolher entre pensionistas e FMI.
“Se tivermos um dilema onde sejamos obrigados a escolher entre um credor que se recusa a assinar um acordo connosco e um pensionista, vamos pagar ao pensionista. Espero que sejamos capazes de pagar aos dois”, disse.
O acordo, diz Varoufakis, não trará mais cortes, mas o ministro admite que no futuro o governo poderá vir a alterar as condições de acesso às reformas para alguns trabalhadores.
“O governo grego talvez tome medidas em relação às reformas antecipadas. Alguns trabalhadores, como bancários, têm a possibilidade de se reformar antecipadamente, isso pode ser alterado”, acrescentou o ministro das Finanças grego.
A porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, também espera que se chegue a um acordo rapidamente, mas acredita que será necessário mais tempo para que se alcance um entendimento que resolva “todas as questões em aberto”.