Tsipras frisou este domingo de manhã, no meio de grande confusão, que:
“Ninguém pode ignorar a vontade de um povo.”
E acrescentou no Twitter:
"Hoje apoiamos a democracia por um futuro melhor para todos"
Mesmo que esse povo esteja dividido e saiba que a decisão que sair este domingo do referendo não tira o país da crise.
Sim e Não
Em declarações ao jornal alemão Bild, o ministro das Finanças Varoufakis voltou a afirmar que se demitirá caso o 'Nai' ganhe as eleições.
“Hoje decidimos se andamos para a frente ou se vamos para o desconhecido", afirmou o ex-primeiro-ministro grego, Samaras, que votou de manhã.
As urnas abriram na Grécia às 07:00 (05:00 em Lisboa) para o referendo, com cerca de dez milhões de gregos a serem chamados a decidir o futuro do país e, provavelmente, a permanência na zona euro.
As mais 19 mil assembleias de voto fecham às 19:00 (17:00 em Lisboa), antecipando-se uma longa noite para os líderes europeus e para os principais atores financeiros. Os primeiros resultados devem ser conhecidos pelas 21:00 locais, quando forem 19:00 em Lisboa.
O referendo, o primeiro desde 1974, serve para os gregos decidirem se aceitam o programa apresentado pelos credores internacionais (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) há mais de uma semana, mas a indecisão é muita.
O presidente da Grécia, Prokopis Pavlópulos, pediu aos cidadãos para permanecerem "unidos" no "difícil caminho" que se avizinha, independentemente da opção que for escolhida no referendo sobre a proposta dos credores internacionais em troca do resgate.
"Hoje é o dia em que as pessoas são chamadas a pronunciar-se, colocando o seu poder discricionário no interesse público e no interesse nacional. Repito o que disse, várias vezes. O caminho difícil no dia seguinte devemos fazê-lo juntos", disse Pavlópulos depois de votar num subúrbio do norte de Atenas.
O conservador Prokopis Pavlópulos, que como chefe de Estado não falou publicamente sobre o 'Sim' ou o 'Não' ao acordo, defendeu, contudo, a participação no referendo.
Também vários antigos primeiros-ministros, todos partidários do 'Sim', já votaram na Grécia, na primeira hora após a abertura das urnas para o referendo.
Papandreu sublinhou a necessidade da Grécia permanecer "no coração" da Europa, acrescentando que o país precisa de profundas alterações que requerem o apoio dos parceiros internacionais e que só depois destas serem concretizadas a Grécia "poderá dizer 'Não' aos resgates e poderá ser independente".
E, amanhã, como será?