Avião russo com 224 pessoas a bordo despenha-se no Egito - TVI

Avião russo com 224 pessoas a bordo despenha-se no Egito

  • Redação
  • PP (Atualizada às 18:42)
  • 31 out 2015, 09:08

Aparelho tinha descolado da localidade turística de Sharm El Sheikh. Embaixada russa no Cairo diz que não há sobreviventes. Primeiras informações apontam para "falha técnica"

Um avião russo com 224 pessoas a bordo despenhou-se hoje na península do Sinai, Egito, após descolar da localidade turística de Sharm El Sheikh, confirmou o gabinete do primeiro-ministro egípcio, Ismail Sharif, em comunicado.

A embaixada russa no Cairo já confirmou, através da sua conta de Twitter, que não há sobreviventes do acidente:

 

Um alto funcionário da autoridade de controlo do espaço aéreo disse à Agência France Presse (AFP) que a comunicação foi perdida quando o avião sobrevoava o norte da Península do Sinai.

Segundo fontes da aviação civil do Egito, seguiam a bordo do avião 217 passageiros e sete tripulantes.
 
O destino do avião russo era  São Petersburgo. Praticamente todos os passageiros eram turistas. A nacionalidade dos passageiros já foi revelada: 214 russos e três ucranianos . Eram 138 mulheres, 62 homens e 17 crianças. As duas caixas negras do aparelho já foram encontradas.

Um agente de segurança que está no local, afirmou à Reuters que o avião se partiu-se em dois:
 

"É um cenário trágico. Muitos mortos no chão, grande parte ainda sentados nas suas cadeiras, com o cinto posto. O avião partiu-se em dois. Já retirámos cerca de 100 corpos do interior do aparelho"


Segundo a agência estatal da aviação russa, o avião, um Airbus-321 da companhia de aviação russa Kogalymavia, perdeu o contacto com os radares às 07:14 quando sobrevoava a cidade de Lárnaca, 23 minutos após ter descolado do Egito.

O presidente russo, Vladimir Putin já deu as "condolências" aos familiares das vítimas e ordenou que fosse dado assistência imediata às famílias, escreve a Reuters. Determinou ainda um dia de luto nacional.

Ainda de acordo com a Reuters, que cita a agência russa de notícias, o Comité de Investigação russo, já abriu um processo contra a companhia aérea  Kogalymavia, com base no artigo "violação de regras de voo e preparação do mesmo".

O Procurador-geral do Egito, Nabil Sadek, também já fez saber que foi, entretanto, aberta uma investigação às causas do acidente e que foi enviada uma equipa para o local para acompanhar os trabalhos, recolher informações e analisar os destroços.

O ministro egípcio da Aviação Civil,  Mohamed Hossam Kemal, afirmou que ainda era cedo " para determinar a causa do acidente", mas de acordo com a Reuters, que cita as autoridades egípcias as primeiras informações recolhidas apontam "para falha técnica". O avião terá caído numa posição vertical e os destroços espalharam-se num raio de cinco quilómetros.


A correspondente da BBC no local, avança que o piloto tentou fazer uma aterragem de emergência, mas não conseguiu chegar ao aeroporto mais próximo.

A península do Sinai é uma região de grande atividade dos militantes próximos do estado Islâmico, que tem feito centenas de mortos nos últimos meses, nesta zona. A possibilidade de um ataque foi colocada, mas parece agora ter sido descartada. Mesmo assim, o Estado Islâmico
diz ser o responsável pela queda do aprelho.
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