Karim Ashraf Mohammed al Bann foi detido em novembro, quando foi à polícia queixar-se de ter sido atacado pelas suas opiniões ateístas. Ao contrário do que esperava, ele próprio foi detido e ficou em prisão preventiva até à data do julgamento.
Analisadas as provas, o juiz decidiu condená-lo. Em tribunal foram presentes publicações de Karim no Facebook consideradas «insultuosas para o Islão» e do seu próprio pai ter testemunhado contra ele.
«Foi condenado a três anos de cadeia. Se pagar uma multa de mil libras egípcias, a sentença pode ser suspensa até que o veredicto seja emitido pelo tribunal de recurso», afirmou o advogado do jovem de 21 anos, Ahmed Abdel Nabi.
«O seu pai disse em tribunal que o filho «abraçava ideias extremistas contra o Islão», acrescentou.
A constituição em vigor no Egito condena os insultos ao Islão, Cristianismo e Judaísmo. No verão passado, um homem cristão foi sentenciado a seis anos de cadeia por insultar o Islão. Em 2012, Alber Saber, um blogger de 27 anos, foi considerado culpado de blasfémia e condenado também a três anos de prisão.