Um Tribunal Egípcio, que na última semana tinha condenado um menino de quatro anos a prisão perpétua, reconheceu o erro. A criança tinha o mesmo nome de um jovem de 16 anos, que deveria ter sido julgado.
O menino Ahmed Mansour Karni respondia por quatro crimes de homicídio, oito de tentativa de homicídio, atos de vandalismo e ameaças a soldados e agentes da polícia. Os factos remontam a janeiro de 2014, mas Ahmed tinha apenas um ano de idade na altura.
O nome da criança integrava uma lista de 116 pessoas ligadas a crimes cometidos durante um protesto violento naquele ano, onde manifestantes entraram em confrontos com a polícia numa localidade a 65 quilómetros do Cairo. Os manifestantes seriam seguidores da entidade islamita "Irmandade Muçulmana".
A condenação foi conhecida na semana passada e o advogado de defesa da criança apresentou de imediato documentos que comprovavam que Ahmed era apenas um bebé quando foram consumados os crimes.
O advogado acusa os oficiais de Justiça de não verficarem a certidão de nascimento do acusado.
O veredicto, conhecido a 16 de fevereiro, provocou reboliço na comunicação social. O pai do menino confessou, em entrevista a um canal de televisão egípcio, que temia que o filho fosse realmente preso.
Ainda não é claro o que vai acontecer à criança, agora que foi reconhecido o erro.