Boris Johnson garante maioria absoluta e um "poderoso mandato para fazer o Brexit" - TVI

Boris Johnson garante maioria absoluta e um "poderoso mandato para fazer o Brexit"

  • BC
  • 13 dez 2019, 07:06

Partido Conservador declarado oficialmente vencedor das legislativas no Reino Unido. Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, anunciou que vai renunciar à liderança

 O Partido Conservador garantiu hoje uma maioria absoluta e venceu oficialmente as eleições legislativas britânicas. 

Com 648 dos 650 dos assentos atribuídos, o Partido Conservador garantiu já 363, contra 203 do Partido Trabalhista, que perdeu 59, e 48 do Partido Nacionalista Escocês (SNP).

Parece que ao Governo Conservador foi outorgado um novo e poderoso mandato para fazer o Brexit, e não só fazer o Brexit mas para unir o país, levá-lo para a frente e focar nas prioridades do país", disse, ao discursar na circunscrição de Uxbridge and South Ruisli, na qual era candidato, após o anúncio da sua reeleição.

Após repetir a promessa de contratar mais 50.000 enfermeiros, 6.000 médicos e construir 40 hospitais – “um dos quais será aqui em Huxbridge” – o primeiro-ministro agradeceu aos eleitores daquele círculo eleitoral por lhe darem “o privilégio” de trabalhar para eles.

Boris Johnson acabou o discurso a agradecer ao povo do país “por aparecer para votar numa eleição dezembro (…) que se tornou histórica” e dá ao Governo “a oportunidade de respeitar a vontade democrática do povo britânico, mudar para melhorar e libertar o potencial de todo o povo”.

E é isso que faremos se tivermos a sorte de ser reeleitos, como parece que vai acontecer. Esse trabalho começa hoje”, concluiu.

Já esta sexta-feira, Boris Johnson falou aos apoiantes sobre o Brexit.

Vou pôr fim a este absurdo e vamos consegui-lo até 31 de janeiro", assegurou.

É agora uma decisão irrefutável, indiscutível e irresistível do povo britânico", que "põe fim à miserável ameaça de outro referendo", declarou.

O Partido Trabalhista, o principal partido da oposição, pelo contrário, perdeu até agora 56 assentos e elegeu 200 deputados.

O líder, Jeremy Corbyn, admitiu hoje que a derrota é "muito dececionante" e anunciou que pretende renunciar às funções, após conduzir um "processo de reflexão sobre este resultado e sobre as políticas que vai manter no futuro".

A líder dos Liberais Democratas, Jo Swinson, falhou a reeleição como deputada na circunscrição escocesa de Dumbartonshire East por uma margem de 149 votos para Amy Callaghan, do Partido Nacionalista Escocês (SNP). Num discurso após o anúncio dos resultados, Swinson reconheceu a maioria absoluta do Partido Conservador de Boris Johnson a nível nacional e uma vitória do Partido Nacionalista Escocês (SNP) na Escócia, chamando a atenção para a "onda de nacionalismo que está a varrer os dois lados da fronteira".

Para milhões de pessoas no nosso país, estes resultados vão trazer pavor e consternação e as pessoas estão à procura esperança. Ainda acredito que nós, como país, podemos ser calorosos e generosos, inclusivos e abertos. E que, trabalhando em conjunto com os nossos vizinhos mais próximos, podemos alcançar muito mais. Os Liberais Democratas vão continuar a defender esses valores", garantiu.

Pró-europeus, os Liberais Democratas prometeram revogar o 'Brexit' se fossem eleitos para o Governo, tendo Jo Swinson admitido no lançamento da campanha eleitoral a ambição de ser primeira-ministra. 

O SNP já elegeu 46 deputados, mais 13 do que em 2017, enquanto os Liberais Democratas só garantiram oito.

Cerca de 46 milhões de britânicos votaram na quinta-feira nas eleições legislativas antecipadas no Reino Unido, as terceiras em menos de cinco anos, convocadas pelo governo para tentar desbloquear o impasse criado no parlamento pelo processo de saída do país da União Europeia (UE).

A votos estiveram os 650 assentos na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento britânico, aos quais concorreram 3.322 candidatos.

Continue a ler esta notícia