O Iraque vai a votos este sábado para as primeiras eleições legislativas desde a derrota do Estado Islâmico no país, no ano passado.
Quase 25 milhões de eleitores são chamados às urnas, mas as sondagens apontam já para uma taxa de participação inferior a 60%.
Há cerca de 7.000 candidatos a disputar os 329 assentos do parlamento, sendo que um quarto destes lugares tem de ser ocupado por mulheres.
Haider al-Abadi, primeiro-ministro do Iraque desde 2014, parte com uma ligeira vantagem, mas nada é certo, uma vez que a maioria xiita está muito dividida.
Há cinco grandes coligações xiitas e é difícil prever qual vai ser a mais votada. Além da coligação liderada por Haider al-Abadi, há a lista liderada pelo seu antecessor, Nuri al-Maliki, a lista liderada por Hadi al-Amiri, onde estão os veteranos das Forças de Mobilização Popular, que foram fundamentais na luta contra o Estado Islâmico, e ainda duas coligações lideradas por clérigos xiitas, Ammar al-Hakim, à frente da Hikma, e Moqtada Sadr, que fez uma aliança inédia com os comunistas.
Em qualquer caso, o bloco vencedor terá de estabelecer alianças com outras forças, como as coligações sunitas e curdas.
O novo governo estará encarregue da reconstrução do país, depois de três anos de guerra contra os jihadistas.
As fronteiras e o espaço aéreo estão fechados durante este sábado por razões de segurança.
As urnas estarão abertas até às 19:00 (17:00 em Lisboa).
A escolha do novo primeiro-ministro e do parlamento acontece na semana em que Donald Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do acordo sobre o programa nuclear iraniano.