Cameron eufórico com "a vitória mais doce" - TVI

Cameron eufórico com "a vitória mais doce"

Primeiro-ministro do Reino Unido e líder dos Conservadores continua à frente do poder e tudo indica que nem vai precisar de se coligar com os Liberais Democratas, parceria que vinha da última legislatura

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Noite dentro, a satisfação foi aumentando cada vez mais. Não só o partido dos Conservadores ganhou as eleições desta quinta-feira, 7 de maio de 2015, como conseguiu a maioria absoluta, podendo prescindir da coligação com os Liberais Democratas que vinha desde 2010. Ainda não havia resultados finalíssimos, mas David Cameron já podia estar - e estava - eufórico com a "vitória mais doce".

Num discurso na sede do partido, Cameron mostrou-se visivelmente satisfeito, depois de ontem a reação ter sido ainda contida. De braços erguidos e sorriso estampado no rosto, referiu-se assim ao feito agora conquistado, que surpreendeu toda a gente, à luz das sondagens que projetavam uma disputa taco a taco com os Trabalhistas:

 "Eu lembro-me de em 2010 alcançar o sonho de conseguir tirar os Trabalhistas do poder e receber os Conservadores de volta e foi incrível, mas eu acho que esta é a vitória mais doce de todas"

 

Seguiram-se aplausos e vivas à vitória. Os Conservadores conseguiram eleger  331 deputados
. Para a maioria absoluta, necessitavam de apenas
326.

Os Trabalhistas são os grandes derrotados. Sofreram, de facto, a mais pesada penalização nas urnas desde 1987, perdendo 48 deputados. O seu líder, Ed Miliban, vai apresentar a demissão


A larga margem de diferença fez Cameron realçar que "as sondagens estavam erradas, os comentadores estavam errados", atirou, não esquecendo os "blogs" que até "irritavam" ao vaticinar o recuo dos Conservadores.

Agradeceu, por isso, à sua equipa: "Vocês são espetaculares!". O "trabalho duro" deu resultados, salientou, referindo-se à conquista de votos "triunfal" em todo o Reino Unido:  "Há tantas coisas para nos orgulharmos neste resultado:o facto de termos preservado a nossa presença na Escócia, o facto de termos alargado a nossa representação no País de Gales", exemplificou.

 
Foi por isso que se referiu, no primeiro discurso, à "esperança" que o move: One nation, one United Kingdom. Um Reino Unido a fazer jus ao nome. 
 

Seremos capazes de oferecer uma esperança real para as pessoas no nosso país. Estamos à beira de algo tão emocionante, como eu disse no início dea campanha. Eu nunca acreditei muito que íamos chegar ao final desta campanha no lugar onde estamos agora. Mas isso é disso que se trata: por isso (...) esta manhã é para comemorar. Vocês são uma equipa incrível, esta foi a campanha mais profissional"

Aos seus colegas de partido, exaltou que podem estar, todos, "orgulhosos e entusiasmados" por "poder servir o país outra vez". E, como prometeu no Twitter, possibilitar um melhor futuro a toda a gente: 

 
Perante as pesadas derrotas, o líder dos Liberais Democratas, Nick Clegg, partido que fazia parte da coligação da última legislatura, apresentou a demissão. O partido só conseguiu eleger oito deputados, ou seja, perdeu 48 lugares na Câmara dos Comuns.

Também o presidente do antieuropeu UKIP, Nigel Farage, foi consequente com o resultado - só elegeu um deputado - e anunciou a sua saída, embora tenha deixado no ar que poderá recandidatar-se em setembro. 


 

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