Estão a ser apurados os resultados das eleições gerais que decorreram ontem, quarta-feira, 23 de agosto, em Angola. O MPLA já canta vitória, apesar de os resultados finais prometeremm não ser breves.
O processo eleitoral decorreu com normalidade e teve mais de mil observadores. A contagem dos votos faz-se em duas fases: a primeira provincial e, depois, uma segunda contagem final em Luanda.
Mais de 9 milhões de angolanos votaram para preencher os 220 lugares no parlamento, sendo que o cabeça-de-lista do partido mais votado será o sucessor de José Eduardo dos Santos.
O candidato do MPLA, João Lourenço, é apontado como o potencial vencedor. O seu partido já canta vitória antes dos resultados oficiais.
O secretário do Bureau Político do MPLA para as questões políticas e eleitorais, João Martins, anunciou durante a madrugada que a vitória daquele partido, no poder em Angola desde 1975, é "inequívoca, praticamente incontornável".
O responsável falava aos jornalistas na sede nacional do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), em Luanda, no final de uma reunião destinada a fazer o balanço preliminar das eleições gerais. As assembleias de voto fecharam às 18:00 de quarta-feira.
A vitória do MPLA é inequívoca, praticamente incontornável, e ela está-se a consolidar em termos numéricos e acreditamos que nas próximas horas já podemos começar a anunciar os números que são ansiados pelos cidadãos".
Já o presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, convocou hoje o conselho presidencial daquela coligação de partidos angolanos para, entre sexta-feira e domingo, no Mussulo, em Luanda.
A finalidade é proceder ao estudo das probabilidades e lançar as projeções pós-eleitoral em função dos cenários prováveis".
UNITA denuncia detenções no Huambo
O maior partido da oposição angolana, a UNITA, denunciou hoje a detenção de várias pessoas pela polícia, em número ainda por apurar, na província do Huambo, no dia das eleições.
A informação foi avançada já hoje pelo secretário provincial do Huambo da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Liberty Chiaka, que fala igualmente em alegados disparos efetuados pela polícia para dispersar as pessoas.