Britânicos em alerta no Irão

As famílias do pessoal diplomático britânico no Irão estão a abandonar o país, depois da agitação política pós-eleitoral, após a reeleição de Mahmud Ahmadinejad, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth, em declarações à BBC.

As autoridades britânicas estão já a alertar contra as viagens desnecessárias ao Irão. Desde as eleições de 12 de Junho que o país vive uma agitação em massa. Mahmoud Ahmadinjad foi reeleito com 63% dos votos, mas várias forças políticas contestam o resultado.

O principal líder da oposição, Mir Hossein Mousavi, alega que a contagem dos votos foi viciada. Outro candidato reformista, Mehdi Karoubi, voltou a defender, esta segunda-feira à tarde, a anulação das presidenciais, em vez da recontagem dos votos.

Moussavi voltou também a apelar, esta segunda-feira, aos protestos contra o resultado das presidenciais. E mesmo depois do aviso dos Guardas da Revolução, que reprimiria de «forma revolucionária» qualquer novo protesto anti-eleitoral, cerca de mil apoiantes de Moussavi voltaram a sair à rua em forma de protesto. De acordo com a Associated Press, a polícia voltou a disparar tiros e a lançar gás lacrimogéneo contra os manifestantes.

Cavaco preocupado com violência

Os protestos contra o resultado das presidenciais ultrapassaram as fronteiras iranianas. Um pouco por todo o Mundo elevam-se as vozes contra a reeleição de Ahmadinejad. Mas há também quem apoio o presidente iraniano. Hugo Chávez já veio pedir respeito pela república islâmica e pelo líder reeleito.

Veja aqui as reacções do Mundo à violência no Irão



A CNN dá conta que, esta segunda-feira, não houve, pelo menos por enquanto, registo de feridos graves. A mesma testemunha informou ainda que oito pessoas foram detidas nas manifestações.

Durante o primeiro fim-de-semana após as presidenciais sete pessoas morreram nos protestos. Este fim-de-semana mais 10 manifestantes perderam a vida.