Criança morre depois de médica se recusar consultá-la por causa de atraso - TVI

Criança morre depois de médica se recusar consultá-la por causa de atraso

Ellie-May Clark

Médica de clínica geral alegou que a mãe da menina chegou demasiado atrasada em relação à hora marcada. Mandou-as voltar no dia seguinte, mas a menina de cinco anos morreu nessa noite

Ellie-May Clark foi levada ao hospital pela mãe, por causa de uma crise de asma. Mas chegou atrasada em relação à hora marcada à Grange Clinic, em Newport, no estado norte-americano de Rhode Island. Por causa desse atraso, a médica Joanne Rowe recusou consultá-la e pediu que voltassem no dia seguinte. Ellie May morreu nessa noite.

O caso de Ellie May já não é novo. Aconteceu em 2015, mas os detalhes foram revelados esta segunda-feira, depois de tornados públicos os resultados de inquérito policial aberto após a morte da menina.

De acordo com o processo, citado pela BBC, Ellie-May tinha uma consulta de emergência marcada, mas não foi atendida por causa do atraso, que a médica disse violar a “regra dos 10 minutos”. O médico legista que analisou o corpo da criança diz que o hospital falhou, ao recusar o tratamento que poderia ter salvado a menina.

A mãe da menina, Shanice Clark contou que chamou o médico a casa, depois de a filha apresentar um chiado ao respirar e não ter conseguido voltar da escola a andar pelo próprio pé. Em vez da visita médica, foi aconselhada a ir ao hospital e conseguiu uma consulta de emergência para os 25 minutos seguintes. A mulher garante que avisou o hospital que se poderia atrasar.

De acordo com o que contou às autoridades, em sede de inquérito, a consulta estava marcada para as 17:00. Shanice assegura que chegou à clínica às 17:05, mas só foi atendida pela rececionista às 17:10.

A rececionista disse às autoridades que acredita que eram 17:18 quando a médica foi informada que a menina e mãe já tinham chegado.

Shanice diz que foi a própria médica a informá-la que a não poderia atender, justificando com o atraso. Garante Shanice que a médica não perguntou a razão da consulta de urgência, nem consultou o histórico médico da menina antes de a mandar embora.

Shanice levou a filha para casa e passou a noite acordada. Garante que, de 15 em 15 minutos, ia verificar o seu estado de saúde. A determinada altura, por volta das 22:30, ouviu-a tossir e foi ao quarto da filha. Encontrou-a no chão do quarto, já com partes do corpo a ficarem roxas. Levou-a para o hospital, mas a menina não resistiu e acabou por morrer.

A causa da morte, revelou o inquérito, foi um ataque de asma.

Continue a ler esta notícia