Irão alerta Abu Dhabi para "consequências perigosas” de acordo com Israel - TVI

Irão alerta Abu Dhabi para "consequências perigosas” de acordo com Israel

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  • 15 ago 2020, 11:08
Emirados Árabes Unidos

Os Emirados Árabes Unidos são o primeiro estado do Golfo árabe a tomar esta posição e a terceira nação árabe a estabelecer relações com Israel

A Guarda Revolucionária Iraniana alertou Abu Dhabi para as “consequências perigosas” da decisão dos Emirados Árabes Unidos de assinar um histórico acordo com Israel para normalizar as relações diplomáticas.

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são o primeiro estado do Golfo árabe a tomar esta posição e a terceira nação árabe a estabelecer relações com Israel.

Para a Guarda Revolucionária, o acordo é uma “vergonha” e uma “ação do diabo” que foi subscrita pelos Estados Unidos, refere a agência de notícias Associated Press (AP).

A guarda alertou que o acordo com Israel vai diminuir a influência americana no Médio Oriente e trazer um “futuro perigoso” para o governo dos Emirados.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, também condenou a ação dos EAU, afirmando que cometeram “um grande erro”, cita a AP.

Rohani alertou ainda o Estado do Golfo contra permitir que Israel tenha um “ponto de apoio na região”.

Um jornal ultraconservador iraniano avisou mesmo que o acordo com Israel transformou os EAU num “alvo legítimo” para as forças pró-Teerão.

"Se [esta ação dos Emirados] só tiver um resultado, será fazer desse pequeno paós fortemente dependente da segurança um alvo legítimo para a resistência", pode ler-se num artigo publicado no diário Kayhan.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão criticou o acordo, considerando tratar-se de uma traição aos árabes e a outros países da região.

Na quinta-feira, o presidente Donald Trump anunciou que os Emirados Árabes Unidos e Israel tinham concordado em estabelecer relações diplomáticas plenas como parte de um acordo para interromper a anexação de terras ocupadas.

Os Emirados Árabes Unidos apresentaram a sua decisão como uma forma de encorajar os esforços de paz e retirar o plano de anexação planeada por Israel de partes da Cisjordânia ocupada.

No entanto, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, veio dizer que a suspensão da anexação era apenas “temporária”.

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