Very brief and cold (gestures) conversation between Merkel and Tsipras at the #eucouncil #EUCO pic.twitter.com/fMgfR9rTyr
— David Simon-Santiñán (@DavidSimonEU) 12 fevereiro 2015
Angela Merkel estava sorridente quando se dirigiu a Tsipras, congratulando-o pela vitória do Syriza nas eleições legislativas da Grécia: «Espero que tenhamos uma boa cooperação, apesar das dificultades», terá dito a chanceler, relataram assessores gregos, de acordo com a Reuters.
Tsipras devolveu o sorriso, como se vê na fotografia, afirmando: «Espero que sim».
Enquanto a chanceler alemã cumprimentou diplomaticamente o homólogo grego, o primeiro-ministro português não falou com o líder do primeiro país a pedir resgate financeiro (Irlanda e Portugal vieram a seguir). Pedro Passos Coelho apenas ouviu a exposição de Tsipras.
Embora o primeiro-ministro grego tenha dito, ontem, que «acabou a troika, acabou o memorando» , as autoridades gregas aceitaram sentar-se com FMI, BCE e Comissão Europeia à mesma mesa.
Os assessores do governo helénico recusam, contudo, que Tsipras esteja a voltar atrás. Alegam que o que ele aceitou foi lidar com um grupo de trabalho do Eurogrupo, não com a troika, fazendo questão de separar as designações. Essas discussões técnicas arrancaram esta manhã. O setor financeiro grego está, na sequência disso, a impulsionar a bolsa de Atenas e as restantes praças europeias. A Grécia está determinada a «fazer tudo o que puder» para chegar a acordo.
O primeiro-ministro grego congratulou-se, na quinta-feira, com a sua estreia nas reuniões do Conselho Europeu, assinalando que «pela primeira vez a esquerda europeia» esteve representada na fotografia de família:
Για πρώτη φορά η @europeanleft εκπροσωπείται στη Σύνοδο Κορυφής της Ευρωπαϊκής Ένωσης. pic.twitter.com/ABgZ4YJBr8
— a.tsipras (@atsipras) 12 fevereiro 2015
Apesar de Tsipras e a chanceler alemã estarem em pontas opostas da fotografia, tanto a Grécia como a Alemanha, parecem, agora, dispostas a ceder em algumas exigências . Angela Merkel não irá insistir no cumprimento, por parte de Atenas, de todos os aspetos do atual programa de resgate. A revisão em baixa da meta do excedente orçamental primário e também das metas das privatizações poderão estar em cima da mesa.
Já Alexis Tsipras está preparar para assumir o compromisso de um excedente orçamental primário, desde que esteja abaixo da meta da troika de 3% e estará, também, preparado para assumir o compromisso de avançar com as privatizações.