Colômbia acusa Chávez de genocídio

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, anunciou hoje que vai pedir ao Tribunal Internacional Penal que julgue o chefe de estado venezuelano, Hugo Chávez, pelo crime de genocídio.

Segundo a BBC News, Uribe acusa Chávez de financiar e apoiar a guerrilha colombiana das FARC. As autoridades da Colômbia revelaram esta segunda-feira que têm em sua posse ficheiros recuperados de um computador portátil das FARC, e que provam a existência de um «donativo» de 300 milhões de dólares (197 milhões de euros) por parte da Venezuela.

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Os ficheiros foram resgatados durante uma operação militar das forças colombianas num acampamento das FARC no Equador. O incidente irritou as autoridades de Quito e desencadeou uma crise diplomática na América do Sul.

UE, preocupada, pede calma e contenção

Entretanto, a União Europeia (UE) pediu hoje a Bogotá, Quito e Caracas para «evitarem qualquer escalada» na crise desencadeada com o ataque.

«A UE está preocupada com a crescente tensão entre a Colômbia, Equador e Venezuela, e com a mobilização militar», revelou num comunicado a presidência eslovena da UE, instando as partes à «contenção» para «travar a crise».

No documento, Bogotá, Quito e Caracas são pressionadas a «procurarem uma saída política através do diálogo».

Na operação contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) morreu o «número dois» da guerrilha, Raul Reyes, e 16 outros rebeldes.

O Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia devido à invasão do país, enviou tropas para a fronteira e o Presidente Rafael Correa afirmou hoje, ao chegar a Lima, estar disposto a ir «até às últimas consequências».

Por seu turno, a Venezuela expulsou o embaixador colombiano, chamou o seu em Bogotá e anunciou o destacamento de tropas para as fronteiras com o país vizinho.