O que se sabe até agora sobre o resgate do grupo preso em gruta na Tailândia - TVI

O que se sabe até agora sobre o resgate do grupo preso em gruta na Tailândia

Equipa de sete pessoas da Marinha tailandesa, entre as quais um paramédico e um enfermeiro, encontram-se na gruta com o grupo e por lá se vão manter até à sua saída

Uma verdadeira corrida contra o tempo. É desta forma que as autoridades tailandesas se encontram perante a necessidade de resgatar as 12 crianças e o treinador desta da gruta onde estão presos há dez dias

Segundo a Reuters, uma equipa de sete pessoas da Marinha tailandesa, entre as quais um paramédico e um enfermeiro, encontram-se na gruta com o grupo e por lá se vão manter até à sua saída. Saída essa que está a ser estudada ao pormenor dadas as dificuldades que apresenta.

Isto porque, caso a extração do grupo se faça pelo interior da caverna, há vários obstáculos ao longo do caminho: a chuva que não para de cair e faz a água subir, rochas soltas, passagens estreitas e que estão submergidas pela água lamacenta e as crianças que não sabem nadar. Todos estes factores fazem as equipas de resgate ponderar muito bem cada passo a ser dado para trazer os rapazes em segurança.

O comandante da Marinha, o almirante Aphakorn Yoo-kongkaew, diz mesmo que a chuva é um desafio, mas que o resgate será feito assim que seja retirada água suficiente da gruta.

"Mas, se isso não funcionar, por causa da época das chuvas, vamos fazê-lo de outra maneira. Temos o 'plano A' e o 'plano B' e, no fim, todos voltarão para o abraço dos pais", garante.

Os planos incluem usar aparelhos de mergulhos para retirar as crianças através das águas até ao exterior, assim como retirar milhões de litros de água da caverna (em 75 horas foram retirados 120 milhões de litros de forma contínua).

A equipa da Marinha tem transportado tanques de oxigénio para dentro da gruta, assim como lanternas e cabos telefónicos que permitam ao grupo comunicar com as famílias no exterior. 

"Temos fome"

Depois de serem encontradas, as crianças pediram comida. Não comiam há dez dias e, esta terça-feira, finalmente receberam alimentos: um gel calórico e mineral primeiro, uma refeição cozinhada depois (carne de porco grelhada, arroz e leite).

A sua evolução está a ser acompanhada a par e passo pela equipa que está com eles e que já lhes terá dado paracetamol para as dores. 

“Eles vão conseguir sobreviver. Medicamentos, comida e água já lhes foram levados", afirmou o primeiro-ministro tailandês durante um direto no Facebook.

Um médico envolvido nas operações, Sura Jeetwatee, revelou que a equipa sobreviveu por ter permanecido junta e por ter bebido água que caía das estalactites. 

Segundo as autoridades, os rapazes e o treinador estão suficientemente saudáveis o que faz com que as equipas não precisem de acelerar as operações para os retirar da gruta.

"Gostava de vos dizer que as crianças podem continuar saudáveis. Têm médicos [com eles]. Para o ar naquela área, usámos numa substância absorvente de dióxido de carbono que temos utilizado na nossa operação. Então, eles estão a ficar em boas condições. Não temos que nos apressar ... Estamos a tentar cuidar deles e torná-los fortes", afirmou o almirante Aphakorn Yoo-kongkaew, acrescentando que o nível das águas está a diminuir.

Os rapazes, de 11 a 16 anos, e o treinador, de 25 aos, entraram na caverna Tham Luang Nang Non depois de um jogo de futebol no dia 23 de junho, mas chuvas quase constantes desde então impediram as operações de resgate. O grupo viria a ser encontrado na segunda-feira.

Cá fora, os familiares esperam pelas crianças e já fazem planos para o reencontro.

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