Turquia: federação despede 94 pessoas após tentativa de golpe de estado - TVI

Turquia: federação despede 94 pessoas após tentativa de golpe de estado

Turquia

Purga de Erdogan chegou ao futebol

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Mais de 50 mil pessoas foram despedidas na Turquia após a tentativa de golpe de estado a 15 de julho para retirar Erdogan do poder, e agora a purga chegou ao futebol. 94 elementos filiados na federação, incluindo árbitros e observadores, foram despedidos.

«A nossa federação considerou necessário demitir 94 pessoas, incluindo árbitros regionais e nacionais, membros do comité de árbitros e observadores», informou a federação, sem dar nomes, mas, segundo a imprensa turca, há um árbitro do escalão principal envolvido.

As alegadas ligações a Fethullah Gulen, o ex-imã de 75 anos radicado nos Estados Unidos desde 1999, e que Erdogan considera mentor principal da conspiração, têm sido o motivo para a purga que no futebol já dura há vários dias.

Todos os membros das comissões afiliadas na federação renunciaram no fim-de-semana para permitir uma «inspeção de segurança» para ver se alguém tem ligações a Gulen.

A federação disse que aceitaria os pedidos de demissão dos simpatizantes de Gulen, a quem acusam de liderar uma «organização traidora e terrorista», e recuperaria os «membros que estejam limpos, para continuarem em funções».

O internacional alemão Mario Gomez, o melhor marcador do campeonato turco na época passada, deixou o Besiktas devido à situação política no país. Aliás, na noite do golpe de estado, imagens televisivas mostraram um helicóptero sequestrado pelos golpistas a aterrar no meio do relvado estádio do Besiktas.

O presidente da federação, Yildirim Demiroren, já disse que o campeonato e jogos internacionais vão disputar-se como previsto. Mas já houve um cancelamento, embora de um jogo particular. O Atlético de Madrid cancelou a sua deslocação à Turquia para jogar com o Galatasaray por razões de segurança.

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