No final, provavelmente os concorrentes não tinham onde cair mortos de cansaço. Ou até teriam, mas não era esse o propósito de terem cavado a sua própria sepultura.
Dez equipas competiram esta quinta-feira no campeonato de coveiros realizado na cidade de Trencin, a 120 quilómetros da capital eslovaca, Bratislava.
Além de equipas eslovacas, compareceram outras da Polónia e Hungria. Todas a tentar provar qual era a mais rápida a abrir uma cova, mas também para mostrar a dignidade da profissão, segundo os organizadores do 3.º Congresso Internacional de Funerais e Serviços Crematórios.
Toda esta mostra pretende reunir as pessoas das companhias funerárias. E pretende-se mostrar também quão árduo é o trabalho de coveiro", salientou o porta-voz da Christian Striz, que esteve mascarado de "Morte" com a inevitável gadanha.
Rapidez e precisão no trabalho
O concurso pretendia distinguir a rapidez e precisão das equipas na abertura de campas. Sem retroescavadoras ou outras máquinas. Apenas com pás e picaretas, os concorrentes tinham de cavar uma cova de 1,5 metros de profundidade, dois metros de comprimento e 90 centímetros de largura.
Se o árbitro não foi contestado, houve ainda assim quem se queixasse da sorte. Ou seja, do local que lhe coube para mostrar as suas capacidades de coveiro.
Gravilha e pedras, aí uns 20 a 30 centímetros", foi o lamento ouvido ao concorrente Gabriel Draffy, do Crematório Molnar de Nove Zamky, na Eslováquia. Segundo disse, "os outros não apanharam disso".
Apesar do âmbito internacional, o primeiro prémio acabou por ficar em casa. Ganhou a equipa da empresa funerária Peter Pastorok, da cidade eslovaca de Kalna nad Hronom.
Para que conste, foram os irmãos Ladislav e Csaba Skladan que fizeram a festa.