Barcelona arrasa Real em Madrid e apura-se para a final da Taça do Rei - TVI

Barcelona arrasa Real em Madrid e apura-se para a final da Taça do Rei

Blaugranas fazem história ao garantirem a sexta presença seguida no jogo decisivo da prova

Após o empate em Camp Nou (1-1), o Barcelona arrasou o Real Madrid no Bernabéu (3-0) e fez história ao confirmar a sexta presença seguida na final da Taça do Rei. 

O caminho para a final de Sevilha não foi indicado por uma Pulga. Os blaugranas preferiram passar pela capital à boleia de uma locomotiva de alta velocidade: Ousmane Dembélé. Com duas arrancadas que terminaram no fundo das redes de Keylor Navas, o francês foi o maior responsável por inclinar a partida a favor dos culés.

No entanto, e é justo que se escreva, os merengues não mereciam um resultado tão pesado. Até porque as únicas verdadeiras oportunidades de golo da primeira parte são todas do Real Madrid, com Vinícius em destaque. O prodígio brasileiro deixou o primeiro aviso aos catalães com um disparo por cima da trave (19') e, pouco depois, desperdiçou na cara de Ter Stegen.

Solari exigia que os seus jogadores acompanhassem até à última os movimentos dos médios e avançados blaugranas. Nem assim, o Barcelona foi capaz de encontrar espaço para chegar à baliza de Navas. Com excepção feita aos movimentos de fora para dentro de Lionel Messi - cumpriu o 40.º «El Clásico». Sempre que o argentino tocava na bola, a organização defensiva blanca ameaçava ruir. Foi assim quando o «10» blaugrana tabelou por duas vezes no corredor central e permitiu a Dembélé assustar o rival. 

Os últimos dez minutos da primeira metade foi, porventura, o melhor momento do conjunto de Solari no jogo. Isolado por Casemiro, Vinícius dominou mal e permitiu o corte de Lenglet. A insistência de Benzema esbarrou no pé de Ter Stegen, qual super-herói (37'). No minuto imediatamente seguinte, Vinícius atirou para a bancada em zona prometedora. O carioca é um talento tremendo, mas ainda erra muito na hora de definir.

Filme e ficha de jogo

O nulo ao intervalo era lisonjeiro para o Barcelona. Se dúvidas houvesse de que a noite não era «blanca», tudo ficou bem esclarecido aos seis minutos da segunda parte. Dembélé deixou Carvajal «nas covas» e cruzou rasteiro para o desvio de Suárez que apanhou Navas em contrapé.

O Real Madrid não mostrou sentir a desvantagem. Afinal, a igualdade na eliminatória estava à distância de um golo. E Reguilón teve o empate na cabeça, mas Ter Stegen voou para evitar o 1-1 (62'). Volvidos sete minutos, Semedo tirou um golo absolutamente sensacional a Vinícius: antes de rematar contra as pernas do português, o extremo merengue deixou Busquets para trás e «deitou» Piqué.

No minuto seguinte, Dembélé acelerou após passe de Semedo e tentou servir Suárez para o 2-0. Não marcou o uruguaio, acabou por marcar Varane na própria, ao tentar cortar o cruzamento tenso do francês.

Casemiro tornou-se, pouco depois, o rosto de um Real Madrid moribundo ao travar Suárez dentro da área. O uruguaio marcou à «Panenka» - 11.º golo em 13 «Clásicos» - e atirou o rival ao chão.

O Real Madrid defendeu o orgulho, a honra e o prestígio nos instantes finais, mas não esteve sequer perto de reduzir a diferença no marcador e somou o quinto ano seguido sem chegar à final. Já o Barcelona de Valverde - cumpriu 100.º jogo pelo clube - sai de Madrid em alta velocidade para a final no Benito Villamarín.
 

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