Fábrica de pirotecnia na Galiza selada - TVI

Fábrica de pirotecnia na Galiza selada

  • LCM com Lusa
  • 10 set 2018, 16:54
Explosão de pirotecnia em Tui - Galiza

A fábrica de pirotecnia explodiu em maio, provocando dois mortos, 26 feridos e destruindo cerca de 20 casas e causando danos em mais de uma centena

A polícia local de Tui, na Galiza, selou hoje a fábrica de pirotecnia La Gallega, cumprindo uma sentença do Tribunal Superior de Justiça que determinou, em 2015, a suspensão da atividade daquela unidade, informou aquele município.

A fábrica de pirotecnia, situada na localidade de Baldráns, pertence ao mesmo proprietário do armazém clandestino que explodiu, em maio, provocando dois mortos, 26 feridos e destruindo cerca de 20 casas e causando danos em mais de uma centena, na localidade galega de Paramos.

Francisco Lameiro encontra-se em prisão preventiva indiciado pela prática dos crimes de homicídio por negligência, danos e lesões por negligência, risco de catástrofe e posse ilegal de explosivos.

Além da fábrica hoje selada e do armazém que explodiu foram descobertos mais dois armazéns clandestinos de material explosivo em Tui, propriedade de Francisco Lameiro.

Hoje, em comunicado, o município de Tui adiantou que a selagem da fábrica foi cumprida cerca das 09:00 (08:00 em Portugal) pela polícia local, numa operação acompanhada por técnicos municipais e na presença da Guarda Civil, do Grupo de Intervenção de Armas e Explosivos de Pontevedra e de representantes legais do proprietário.

No decurso da operação, que contou com a presença do presidente da Câmara de Tui, eleito há dez meses, "foi decidido não realizar o levantamento topográfico, já que no interior da fábrica ainda se encontra armazenado material pirotécnico".

Na nota, o município de Tui refere ainda que o presidente da câmara entrou hoje na delegação do Governo espanhol, em Pontevedra, o projeto de remoção do entulho na zona afetada pela explosão de maio, estimado em mais de 3,5 milhões de euros.

O projeto "foi desenvolvido pelo município de Tui e deverá ser executado pelo Governo de Espanha".

O autarca Carlos Vázquez Padín, citado naquela nota, manifestou-se confiante que o Governo espanhol "irá assumir aquele custo, decisão que espera receber dentro de uma a duas semanas".

O projeto, prevê a demolição das habitações afetadas, recuperação de danos em habitações, e remoção e transporte do entulho para instalações próprias.

De acordo com as estimativas apontadas no projeto existem 14 toneladas de material que será removido de uma área com cerca de 25.000 metros quadrados. O prazo previsto para a realização destes trabalhos é de três meses.

Agora está nas mãos do Governo central a decisão de colocar o projeto em marcha e suportar os seus custos", refere a nota do município de Tui.

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