«Gostava de treinar Messi para o comparar com Cristiano Ronaldo» - TVI

«Gostava de treinar Messi para o comparar com Cristiano Ronaldo»

Barcelona-Leganés (AP)

Depois de Ronaldo, Ancelotti gostava de juntar o argentino à lista dos craques com quem trabalhou. O italiano abordou ainda a questão do racismo depois de ter passado a quarentena a ver documentários sobre a história mundial do século XX

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Carlo Ancelotti já treinou alguns dos melhores futebolistas do mundo nas passagens por Juventus, Milan, PSG, Real Madrid ou Bayern Munique. No entanto, há um jogador que o italiano deseja orientar e ainda não o fez: Lionel Messi.

«Sim, claro que há jogadores com quem gostava de trabalhar. Com Messi. Só para o comparar com Ronaldo», revelou, em entrevista ao «Guardian».

«Em Itália, gostava de ter treinado Totti. Comecei na Roma, tenho grande ligação pelo clube e ele foi um ídolo lá», acrescentou. 

O treinador do Everton contou ainda o que fez durante o período de isolamento. «Vi imensos documentários. Gosto de história e vi muitas coisas sobre a guerra civil espanhola, Cuba, Revolução russa e fascismo em Itália. Tentei compreender e aprender sobre o século passado. O que somos hoje deve-se ao que fomos no passado. Cheguei a uma conclusão simples depois de ter assistido a todos os documentários: somos uns sortudos por termos nascido nesta era. Há liberdade, mas nós tornamos a vida complicada, não pensamos no que nos rodeia. Sou Católico e uma das chaves que nos ensinam é tratar os outros como gostamos de ser tratados. Só pensamos em nós», referiu. 

Ancelotti defende que o futebol tem um papel importante na educação das pessoas e abordou os protestos anti-racistas nos Estados Unidos após a morte de George Floyd.

«Atualmente há um grande e sério problema na América. E a polícia faz parte do problema. Se eu tenho um algum problema, a primeira coisa que faço é ir à polícia. Eles têm de ser protetores e isso não aconteceu. A polícia tornou o problema ainda maior e só pode ser resolvido quando se consciencializarem de que isto é sério. Não foi só um polícia que perdeu a cabeça, o problema é muito maior. É um problema do sistema, não foi a primeira nem a última vez que aconteceu. Em 1862, Abraham Lincoln declarou que somos todos iguais e que não havia mais escravatura. 150 anos depois, estamos nesta situação. Não pode ser», afirmou. 

Hora atualizada: original 14h06

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