Hierro e o Mundial: «Tinha de aceitar, não podia dizer 'não' ao meu país» - TVI

Hierro e o Mundial: «Tinha de aceitar, não podia dizer 'não' ao meu país»

Hierro sucedeu a Lopetegui na seleção espanhola

Antigo selecionador espanhol sucedeu a Lopetegui dois dias antes do arranque da prova na Rússia: «Fi-lo por lealdade e honestidade», explicou.

O despedimento de Lopetegui da seleção espanhola a dois dias do arranque do Mundial 2018 precipitou Hierro para o cargo de selecionador. A participação de «La Roja» foi uma desilusão, acabando eliminada pela Rússia.

Durante uma aula de um curso do Instituto Superior de Direito e Economia, o ex-futebolista explicou a decisão que se viu «forçado» a toma no último verão e fez uma pequena reflexão do período em que liderou a seleção de Espanha.

«Nunca na história uma seleção tinha ficado sem treinador a três dias do arranque do Mundial. Tinha de aceitar, não podia dizer 'não' ao meu país. Era algo que nunca, nunca tinha acontecido e não podia permitir que acontecesse», começou por esclarecer, citado pela MARCA, antes de explicar as motivações que o levaram a suceder a Lopetegui.

«Estive 13 anos como jogador na seleção e quatro como diretor desportivo. O que faço? Volto? Por honestidade e lealdade a uma casa que foi minha durante 18 anos e à qual devo muito.... a seleção sempre foi um orgulho, não podia recusar. Tinha essa obrigação.»

Hierro considerou que a decisão talvez não tenha sido a mais acertada, tendo a conta a prestação espanhola no Campeonato do Mundo.

«Existem boas e más decisões no futebol. Estava convencido de que era o melhor que se podia fazer na altura. Dez minutos depois, estava numa conferência de imprensa. Depois estava a treinar e no dia seguinte a viajar», lembrou.

Após a participação da Espanha no Mundial 2018, Hierro foi demitido e não voltou ao cargo de diretor desportivo, papel que assumia antes da saída de Lopetegui.

«Tinha contrato até 2022, mas a partir do momento em que aceitei ser selecionador sabia que não podia continuar. Ainda tentámos, mas depois chegámos à conclusão que não podia continuar. Qualquer treinador que chegasse à seleção a seguir, ia olhar-me de forma diferente. Foram quatro jogos, gostava que tivessem sido sete. O que fiz foi por honestidade e lealdade. Tinha de o fazer e sabia as consequências. Por isso, não fiquei surpreendido no final», revelou.

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