Iniesta recorda título mundial: «11 de julho é como se fosse o meu aniversário» - TVI

Iniesta recorda título mundial: «11 de julho é como se fosse o meu aniversário»

Holanda vs Espanha (EPA/PETER KLAUNZER)

Antigo internacional espanhol recordou golo à Holanda na final do Mundial de 2010

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Um dia depois de Portugal ter assinalado os quatro anos sobre a conquista do Euro 2016, este sábado é a vez da Espanha destacar os dez anos sobre a conquista do Campeonato do Mundo, em 2010, na África do Sul. Andrés Iniesta, autor do golo solitário da final, frente à Holanda, diz que o dia 11 de julho passou a ser como uma segunda data do seu aniversário.

«Continuou a sentir as mesmas sensações do momento em que marquei o golo. Desde então é como que o 11 de julho fosse o meu aniversário. Recebo muitas felicitações. Mas imagino que este, ao passarem dez anos, será um pouco mais especial», destacou o antigo internacional em declarações ao jornal Marca desde o Japão, onde ainda joga ao serviço do Vissel Kobe.

Passou uma década sobre o momento mais marcante do futebol espanhol, mas Iniesta não esquece um pormenor desse 11 de julho. «Vêm-me à cabeça todas as memórias desse dia», prosseguiu o antigo jogador do Barça, fazendo especial referência à fração de silêncio que se seguiu ao golo. «Foi um momento incrível. É como se tivesse parado tudo, como se ficasse tudo congelado. Quando controlei a bola, vi que a boa ficou ali, perfeita. Sabia que era o momento, tinha de ser golo. Porquê? Não sei explicar, mas sabia. Senti-o. Era o nosso momento, o de Espanha, de todo o país», contou.

Um golo que promoveu Iniesta a herói nacional, a uma figura da história de Espanha. «Não acho que seja para tanto, o futebol tem capacidade para ultrapassar muitas barreiras. Mas sinto-me um privilegiado por ter feito tanta gente feliz. É a melhor recompensa que se pode ter», comentou ainda.

A verdade é que Iniesta passou a ser uma figura consensual na sociedade espanhola, adorado por toda a gente. «É verdade que me sinto muito à vontade quando sou confrontado na rua. Cada vez que as pessoas me mostram carinho ou respeito sinto-me cheio de orgulho. Um simples obrigado chega-me para entender a dimensão do que alcançámos», destacou.

Apesar de ser a maior figura do feito da seleção espanhola, Iniesta faz questão de falar sempre no plural. «Claro, porque nunca teria marcado esse golo se o Puyol não tivesse marcado à Alemanha, ou sem as defesas de Casillas aos remates de Robben, sem os golos de Villa quando mais faltam nos faziam, sem o trabalho de todos», explicou ainda.

Dez anos depois, a Espanha vai passar o dia a recordar o golo de Iniesta, como, aliás, tem feito nos últimos dez anos, a 11 de julho. O dia de Iniesta. O dia de Espanha.

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