Mais de 600 estudantes infetados e 2.000 de quarentena após viagens de finalistas - TVI

Mais de 600 estudantes infetados e 2.000 de quarentena após viagens de finalistas

Espanha está a braços com vários surtos de covid-19, depois de milhares de jovens se terem deslocado a Palma de Maiorca, onde conviveram sem cumprir as regras de distanciamento e proteção individual

Mais de 600 estudantes testaram positivo à covid-19 e outros 2.000 estão de quarentena após viagens de finalistas a Palma de Maiorca, na última semana.

O balanço foi atualizado nesta sexta-feira e não para de aumentar, com a região de Madrid a ser a mais afetada, já com 320 casos confirmados, depois de mais 75 positivos nas últimas horas.

Os casos positivos foram diagnosticados apenas no regresso, nomeadamente a partir de segunda-feira, dia 21.

Mas o mega surto de covid-19, como está a ser qualificado em Espanha, afeta mais regiões: 50 casos na Galiza, 126 no País Basco, 67 na Comunidade Valenciana, 22 na Catalunha, 20 em Múrcia, 12 em Castela-Mancha e 10 em Aragão.

No total há 611 estudantes de oito comunidades autónomas infetados e 2.000 em isolamento, com idades entre os 17 e os 19 anos.

No caso de Madrid, e de acordo com a sua diretora-geral de Saúde Pública, Elena Andradas, os jovens, que participaram em diversas festividades consideradas "bastante intensas", admitiram não ter cumprido a medida obrigatória de uso de máscara, além de situações de partilha de cigarros e copos. A maioria está assintomática ou apresenta sintomas leves.

Elena Andradas disse, ainda, que os casos positivos têm todos por base a variante do Reino Unido, mas não exclui a possibilidade de, entretanto, confirmarem-se outras variantes.

As viagens foram organizadas por uma agência de Valência e as autoridades de Maiorca identificaram já vários locais onde não terão sido cumpridas as normas sanitárias, como hotéis e barcos.

Foi, também, identificado um concerto na praça de touros de Palma, que poderá resultar numa multa para a organização de até 600.000 euros.

As baleares exigem testes PCR ou de antigénio à entrada nas ilhas à maioria das comunidades, mas de fora ficaram a Comunidade Valenciana, Múrcia, Galiza, Estremadura, Ceuta e Melilha, devido a baixas taxas de incidência, abaixo dos 50 casos por 100.000 habitantes.

 

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