Uma antiga funcionária do Hospital Psiquiátrico Alonso Vega, em Madrid, foi condenada a dois anos de prisão com pena suspensa pelo Ministério Público espanhol. Juana Igeño estava acusada de falsificar documentos que pertenciam a um homem que morreu em 1980, para poder receber a sua pensão de invalidez.
A acusação pedia seis anos de prisão e quase 200 mil euros de indemnização, mas as partes conseguiram chegar a um acordo de dois anos de prisão (que não vai ser cumprida) e cerca de 150 mil euros de indemnização à segurança social espanhola.
O filho da condenada já pagou um montante de 20 mil euros, que a justiça espanhola considerou como um ato de boa fé.
Durante a audiência, e segundo o El País, a mulher admitiu a fraude: "Arrependo-me muito do que fiz. Lamento-o. Vou devolver tudo".
Juana Igeño trabalhava no hospital onde estava internado o homem, que morreu a 17 de março de 1980. Jaime Pons não tinha familiares, e a mulher ficou com os seus documentos por ter percebido que recebia uma pensão por invalidez, concedida em 1977. A partir de 1980, Juana Igeño começou a receber um valor mensal de 104 euros, mas o valor foi atualizado em 2013 para cerca de 700 euros, segundo o El País.
Para receber mensalmente a pensão, Juana Igeño abriu uma conta corrente em nome do falecido em 1981. A partir de 2007, falsificou uma autorização assinada pelo falecido, de forma a que pudesse continuar a receber o dinheiro.
Só em 2013 é que o banco levantou suspeitas, pois durante aqueles 33 anos, nunca tinham visto Jaime Pons. Pediram a Juana Igeño uma certidão de vida, que acabou por conseguir no Registo Civil de Madrid. Só meses depois é que a Segurança Social espanhola fez um cruzamento de dados e percebeu que Jaime Pons já tinha morrido há 33 anos.