Pedro Sánchez venceu as eleições primárias do PSOE com mais de 50% dos votos. Há oito meses deixou a liderança do partido, mas recandidatou-se e foi eleito, de novo, secretário-geral, pelos militantes.
Com esta vitória, Pedro Sánchez, torna-se assim no primeiro secretário-geral a ser eleito duas vezes pelos militantes.
Quando já estavam 99% dos votos contados, Pedro Sánchez já tinha 50,2%.
Susana Diaz, presidente da Comunidade Autónoma da Andaluzia, ficou em segundo lugar com cerca de 40% dos votos dos militantes.
Já Francisco López, conhecido como Patxi López, o terceiro candidato à liderança, não foi além dos 10 %.
No próximo congresso do PSOE, que se realiza a 17 e 18 de junho, Pedro Sánchez será confirmado como secretário-geral.
No final das eleições primárias, Pedro Sánchez, apelou hoje à “unidade” de todos os militantes para “construir o novo PSOE” com um “projeto novo” que lute pelo poder em Espanha.
“A partir de amanhã [segunda-feira] vamos ter um PSOE novo e rumo à Moncloa”, residência oficial do Governo, disse Pedro Sánchez.
O novo secretário-geral pediu várias vezes a “unidade” de todos os socialistas que saem deste processo muito divididos.
“Hoje começa tudo. Hoje não acaba nada”, sublinhou Sánchez, repetindo que pretende um “novo PSOE” para mudar a Espanha.
Antes do líder ter falado, num encontro com a imprensa sem direito a perguntas, Susana Díaz prometeu “ajudar” e pôs-se à disposição do PSOE “em tudo aquilo que o partido precisar”, sem nunca ter nomeado o nome de Pedro Sánchez.
Poucos minutos antes, também numa declaração sem perguntas, Patxi López desejou boa sorte ao secretário-geral eleito e sublinhou que, a partir de segunda-feira, “todos juntos”, os socialistas, têm de trabalhar com Pedro Sánchez “à cabeça para recuperar o PSOE”.
Pedro Sánchez demitiu-se do cargo de secretário-geral em 01 de outubro do ano passado, depois de uma maioria de dirigentes nacionais do partido terem chumbado a sua estratégia de recusar determinantemente um Governo do PP (Partido Popular, direita).
Os socialistas acabaram por viabilizar, através da sua abstenção no parlamento, o atual governo minoritário do PP, liderado por Mariano Rajoy.