Pjanic arrasa Ronald Koeman: «Faltou-me ao respeito» - TVI

Pjanic arrasa Ronald Koeman: «Faltou-me ao respeito»

Pjanic (Besiktas)

Internacional bósnio confessou nunca ter percebido o que o holandês queria exatamente e levantou várias questões sobre a conduta deste para consigo

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Depois da saída por empréstimo para o Besiktas, Miralem Pjanic explodiu e não poupou nas críticas ao treinador do Barcelona, Ronald Koeman. O internacional bósnio acusa o treinador holandês de lhe ter «faltado ao respeito» e explicou toda a situação que viveu na Catalunha, onde chegou oriundo da Juventus. 

«Quando assinei pelo Barça, emocionei-me mais pelos meus pais que deixaram a Bósnia. Estava muito orgulhoso por eles, mas também era um sonho para mim. Estava feliz na Juventus, um clube extraordinário, mas o Barcelona já estava há vários anos a tentar contratar-me. Houve outra oportunidade e as coisas aconteceram. Estava muito feliz, num clube onde todas as crianças sonham jogar. As expetativas eram outras, porque nos últimos anos fui sempre titular tanto na Roma como na Juventus, e estava a evoluir. Estava preparado para esse passo depois de nove anos em Itália e senti que era o momento ideal. Mas encontrei um treinador que... não sei», começou por dizer, em entrevista à «Marca». 

«Ainda hoje não sei o que é Koeman queria exatamente, nem tentou explicar-me as coisas ou encontrar uma solução. Era eu quem lhe perguntava o que queria de mim, o que estava a fazer bem ou mal para tentar adaptar-me o mais rápido possível à equipa e ser útil. Durante a época precisas de 17-18 jogadores para ganhar títulos. Mas para Koeman não havia problemas no meu jogo, não me dava respostas. O tempo passou e a minha situação estava pior, mas sem qualquer motivo. Era algo muito difícil de compreender. Havia pessoas dentro do clube que não sabiam o que se passava. A forma dele comunicar era muito estranha, foi a primeira vez que vivi algo assim. Nunca tive problemas em nenhuma equipa com nenhum treinador. Não sei o que se passou, sinceramente. Ele não queria responsabilidade nem entrar em confronto porque não sabia gerir isso», acrescentou. 

O médio de 31 anos confessou que desde início a sua situação «se complicou» dentro do clube blaugrana.

«Cheguei duas semanas mais tarde que os restantes e comecei a treinar pouco a pouco e a preparar-me com o preparador físico. E nada. Passaram dois, três, quatro, sete, dez dias e o mister nunca veio falar comigo sobre o que pensava da época, de mim, ou mesmo para me apresentar à equipa como fez com os outros. Foi muito estranho, mas era o início e continuei a trabalhar. Queria lutar pelo meu lugar e entrar bem nos jogos. O tempo passou e comecei a jogar jogo sim, jogo não. Quando jogava, jogava bem, mas queria mais. Sou uma pessoa que quer sempre o máximo. Depois houve um período em que joguei menos e quando assim é, é difícil estares bem física e mentalmente. O treinador está a matar a tua confiança, ainda para mais quando não tens qualquer comunicação com ele. Era muito estranho, não sei, é o treinador que decide quem joga ou não, mas há formas de fazer as coisas. Sou um jogador que aceita tudo, mas gosta que me digam as coisas na cara. Não gosto que façam de conta que não se passava nada como se tivesse 15 anos. Lutei até ao final e fui profissional com todos. Tentei ajudar os mais novos para que se preparassem bem para os jogos», contou.

Apesar de todas as críticas a Koeman, Pjanic não se arrepende de ter assinado pelo Barcelona.

«Não me arrependo, jamais. Na vida o que tem de acontecer, acontece. É mesmo assim. Lutei toda a minha vida e toda a minha carreira, sou muito ambicioso, competitivo e por isso cheguei à Juventus e ao Barcelona. Eu sei que posso jogar no Barcelona, mas não me deram a possibilidade de competir, de entrar no grupo e de ajudar mais. Se o mister me faltou ao respeito? Sim», concluiu. 

Segue-se agora uma experiência nas Águias Negras de Istambul após 30 jogos pelos culés,

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