A Guardia Civil espanhola deteve 14 pessoas e está a realizar buscas nos departamentos da Economia, Assuntos Sociais e Exteriores do governo catalão, no Centro de Tecnologias e de Informação (CTTI) e na Agência Tributária, na sequência das ações contra o referendo sobre a independência na Catalunha, suspenso pelo Tribunal Constitucional.
Segundo o El País, os detidos são suspeitos de envolvimento na organização do referendo de 1 de outubro. Entre os detidos está o secretário-geral para a vice-presidência catalã e Economia, Josep Maria Jové.
Agentes de la @guardiacivil entran a registrar la sede del departamento de Economía de @gencat pic.twitter.com/6uzKaOqRyA
— Josep Catà (@jcatafiguls) 20 de setembro de 2017
Fontes oficiais ligadas investigação disseram à agência EFE que um “grande dispositivo da Guardia Civil” procurava documentação relacionada com o referendo marcado pelos “independentistas” para o dia 1 de outubro.
A polícia já encontrou material de propaganda em defesa do referendo de 1 de outubro.
Nesta altura, decorrem manifestações de cidadãos junto aos edifícios onde prosseguem as buscas. A maior verifica-se junto ao departamento da Economia.
O vice-presidente da Catalunha já reagiu às detenções.
Isto ultrapassa todas as garantias democráticas e é um atentado contra os direitos básicos dos cidadãos", disse Oriol Junqueras.
O governante catalão considerou que "isto não se passa em nenhuma democracia do mundo", denunciando a existência de detenções na rua sem a existência de ordem judicial.
O presidente do governo regional da Catalunha foi mais longe e afirmou que o governo central suspendeu os poderes locais e aplicou o chamado "estado de exceção", previsto para casos extremos.
"O Estado suspendeu de facto o governo autónomo da Catalunha e aplicou de facto o estado de exceção", afirmou Carles Puigdemont.
As declarações de Puigdemont foram proferidas antes de uma reunião extraordinária do governo regional.