O PSOE decidiu este domingo que vai abster-se e viabilizar a formação de um novo governo de Mariano Rajoy, colocando um ponto final à crise política em Espanha.
O Partido Socialista espanhol vai abster-se na votação de uma nova investidura de Mariano Rajoy à frente do Governo de Madrid, o que viabiliza a formação de um novo executivo depois de dez meses de impasse político.
.@javier_asturias: se ha producido un debate franco, abierto y generoso. Y la conclusión es desbloquear la situación excepcional del país
— PSOE (@PSOE) 23 de outubro de 2016
Fontes do Comité Federal do partido revelaram que o órgão mais importante entre congressos decidiu por 139 votos a favor e 96 contra a abstenção do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) a uma nova candidatura à chefia do Governo de Mariano Rajoy, atual presidente do executivo de gestão e líder do Partido Popular (PP, direita).
.@javier_asturias: nos presentamos a unas elecciones para ganarlas. No ha sido así y para ser oposición es necesario que haya gobierno
— PSOE (@PSOE) 23 de outubro de 2016
O Congresso dos Deputados (parlamento) deverá reunir-se a partir de quarta-feira, esperando-se que uma primeira votação na quinta-feira chumbe a investidura do líder do PP que, no entanto, passaria na segunda votação, prevista para sábado, com a abstenção dos deputados socialistas.
Mariano Rajoy venceu as eleições em dezembro do ano passado sem conseguir maioria absoluta para formar governo. O principal partido da oposição, o PSOE, naquela altura liderado por Pedro Sánchez, não viabiliza o executivo do PP e o rei volta a convocar novo escrutínio para junho. Nesta segunda consulta popular, os espanhóis melhoram os resultados do PP, mas mais uma vez o número de deputados eleitos fica aquém dos necessários para a maioria.
Começam as negociações entre Pedro Sánchez e Mariano Rajoy sem se avistar luz ao fundo do túnel. O PSOE insiste em não viabilizar o governo do PP e o fantasma de novas eleições começa a pairar sobre o panorama político espanhol.
Pedro Sánchez demite-se da liderança do PSOE a 1 de outubro e desbloqueia o impasse político. Sánchez tinha prometido afastar-se se não fossem aceites as suas propostas para convocar eleições primárias para o cargo de secretário-geral, a 23 de outubro, e um congresso extraordinário, a 12 e 13 de novembro.
Pronto llegará el momento en que la militancia recupere y reconstruya su PSOE. Un PSOE autónomo, alejado del PP, donde la base decida.Fuerza
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) 23 de outubro de 2016
Com este desbloqueio político espera-se agora que Mariano Rajoy possa assumir o comando do executivo, mas o PSOE já garantiu que vai manter uma oposição firme às políticas do líder popular.
.@javier_asturias: el Partido Socialista es y seguirá siendo el líder de la oposición. Y así se verá en el Parlamento.
— PSOE (@PSOE) 23 de outubro de 2016