Luis Suárez defende Gerard Piqué que, aos 82 minutos, depois ter sido insultado durante o jogo inteiro com o Espanhol, mandou calar as bancadas do Cornellà-El Prat.
«Cada um tem o seu modo de desabafar, de expressar o que está a sentir. Há muitos jogos que Piqué tem suportado muitas coisas. Os jogadores têm de aguentar sempre tudo, mas neste caso ele tem razão, porque era o mínimo que podia fazer depois de se terem metido com os filhos e a mulher», afirmou Suárez, em declarações, em declarações ao La Vanguardia.
«Isso foi o mais grave. Convivo com ele, conheço o carinho que tem pela mulher e pelos filhos. Podem meter-se com os jogadores, mas ultrapassam o limite quando atacam os filhos… isso dói a qualquer pai. A reação dele é compreensiva, até porque ele nem fez mais nada», frisou.
No final do encontro, Piqué também tinha falado sobre o gesto polémico e sobre as declarações anteriores em que se referiu-se ao adversário com uma provocação óbvia: Chamou-lhe «Espanhol de Cornellà», não de Barcelona. Aludindo à localidade nos subúrbios de Barcelona onde o Espanhol tem sede, mas por arrastamento afastando-o simbolicamente da capital da Catalunha.
«Dizer que o Espanhol é de Cornellà não é uma falta de respeito, é uma evidência. O Espanhol está cada vez mais afastado de Barcelona e tem um presidente chinês», disse. «Queixam-se por eu dizer isto e não investigam os insultos à minha família. Mandá-los calar era o mínimo que podia fazer. Os jogadores têm responsabilidades mas também são pessoas. E há um limite. E se quem manda não toma decisões e não diz nada, não ficaremos calados.»