700 familiares de jihadistas morreram em campos na Síria - TVI

700 familiares de jihadistas morreram em campos na Síria

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  • 10 jul 2020, 08:30
Uma mãe e o seu bebé, que foram retirados do último reduto controlado pelo Estado Islâmico na Síria, em Baghouz, caminham no deserto depois de revistados pelas forças democráticas sírias, apoiadas pelos EUA

Em dois campos do nordeste da Síria há cerca de 70.000 pessoas detidas, principalmente mulheres e crianças ligadas aos combatentes do Estado Islâmico

O chefe antiterrorismo das Nações Unidas disse que 700 pessoas morreram recentemente em dois campos no nordeste da Síria, onde cerca de 70.000 estão detidas, principalmente mulheres e crianças ligadas aos combatentes do Estado Islâmico.

As cerca de 70.000 pessoas estão detidas em "condições muito difíceis", apontou Vladimir Vorontsov, durante uma conferência de imprensa na quinta-feira, indicando que as pessoas, incluindo crianças, morreram por "falta de medicamentos e de comida" nos campos al-Hol e Roj, que são supervisionados por forças lideradas por curdos aliados dos Estados Unidos na luta contra o grupo ‘jihadista'.

As mortes nos campos criaram "sentimentos de raiva", denunciou o responsável.

Vorontsov exortou a comunidade internacional a enfrentar "o enorme problema" sobre o que fazer com estas pessoas, alertando que mantê-las nos campos "é muito perigoso".

O responsável advertiu que estes detidos "podem criar materiais explosivos que podem ser muito úteis para os terroristas reiniciarem as suas atividades" na Síria e no Iraque.

O Estado islâmico, que em tempos controlou grandes extensões do Iraque e da Síria, perdeu as suas últimas ‘fortalezas’ sírias no início de 2019.

Mas apesar da perda do seu autodenominado califado, os peritos da ONU afirmaram no início deste ano que o grupo extremista está a acumular ataques cada vez mais ousados na Síria e no Iraque e está a planear a fuga dos seus combatentes em instalações de detenção.

Para além dos campos de al-Hol e Roj, os combatentes curdos mantêm milhares de combatentes e jovens nas prisões.

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