O Comité Internacional da Cruz Vermelha (ICRC na sigla original) decidiu suspender, nesta quarta-feira, as operações no Afeganistão, depois de seis funcionários terem sido assassinados, ao que tudo indica, pelo Estado Islâmico. Há ainda dois funcionários desaparecidos e que estão a ser procurados.
A equipa da Cruz Vermelha foi atacada quando fazia o transporte de mantimentos para uma zona remota no norte do país, fortemente atingida por tempestades de neve e que causaram a morte a mais de 100 pessoas.
O governador da província de Jowzjan, Lotfullah Azizi, diz que o comboio humanitário foi alvo de atiradores do Estado Islâmico, “que é muito ativo naquela região”.
Em Genebra, o diretor de operações do ICRC disse à agência Reuters que este foi “o pior ataque contra a Cruz Vermelha” em 20 anos e que, para já, desconhece quem está por trás dele.
Neste momento, as operações estão suspensas, porque precisamos de compreender o que aconteceu exatamente antes de podermos recomeçar [o trabalho no Afeganistão]”, disse Dominik Stillhart.
Mas também foram suspensas “para marcar o horrível incidente” que visou três condutores e cinco operacionais da Cruz Vermelha, e “por respeito às suas famílias”.
As operações no Afeganistão representam o quarto maior programa de ajuda humanitária da Cruz Vermelha no mundo.
A equipa atingida era constituída por três condutores e cinco operacionais
O porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, garante que o seu grupo não está envolvido no ataque e prometeu ajudar a encontrar os culpados.