Um ataque do Estado Islâmico contra um restaurante em Daca, capital do Bangladesh, levou à morte de 20 estrangeiros e dois polícias esta sexta-feira. Seis atacantes também morreram. Um sétimo jihadista acabou capturado pela polícia.
Armados, os rebeldes fizeram dezenas de reféns, esta sexta-feira, num restaurante que se localiza na zona diplomática de Daca e que é frequentado por muitos estrangeiros. Vinte reféns foram agredidos até à morte, segundo um porta-voz do exército local. Sabe-se que as vítimas são cidadãos estrangeiros e que a maior parte são italianos e japoneses.
“Os 20 reféns que foram encontrados mortos são estrangeiros”, disse Shahab Uddin, um dos porta-vozes militares.
“A maior parte são italianos ou japoneses", acrescentou.
A esta altura, quase todos os mortos já foram identificados. Nove são italianos, como confirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Paolo Gentiloni. Sete, cinco homens e duas mulheres, são japoneses, segundo as informações das autoridades do Japão. Há ainda três jovens que estudavam nos Estados Unidos entre as vítimas mortais, segundo a CNN.
O exército do Bangladesh conseguiu salvar 13 reféns, após uma operação que demorou cerca de 12 horas e que só terminou na manhã deste sábado. Entre os reféns salvos está um japonês e dois cidadãos do Sri Lanka.
“A operação terminou. A situação está totalmente sob controlo”, disse o porta-voz do exército, Rashidul Hasan, à agência AFP.
Inicialmente as informações davam conta de mais de 20 feridos e pelo menos dois mortos.
Chegaram 28 feridos e dois estão mortos”, disse Miraz Ul Islam, diretor do United Hospital, para onde foram transportados os feridos.
O Estado Islâmico reivindicou o ataque através da ligada ao ao grupo extremista, a agência Amaq.
#Dhaka, #Bangladesh: #ISIS claims responsibility for hostage crisis in Gulshan via #AmaqAgency. pic.twitter.com/HovAUxyM35
— MENA Observer (@middleeastwars) July 1, 2016
Os comandos do (grupo extremista) Estado Islâmico atacaram um restaurante frequentado por estrangeiros na cidade de Daca”, afirmou, em comunicado divulgado nas redes sociais, a Amaq.
E logo nessa mensagem os rebeldes falaram em “mais de 20 mortos de diferentes nacionalidades”.
PM do Bangladesh “determinada em erradicar terrorismo”
Na sequência do ataque, a primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, disse estar determinada em erradicar o terrorismo no país.
“Foi um ato extremamente hediondo. Que tipo de muçulmanos é esta gente? Eles não têm qualquer religião”, afirmou a primeira-ministra, num discurso transmitido pela televisão.
“As pessoas têm de resistir a estes terroristas. O meu governo está determinado em erradicar o terrorismo e a militância do Bangladesh”, sublinhou Sheikh Hasina.