Mais de 9.000 polícias suspensos na Turquia - TVI

Mais de 9.000 polícias suspensos na Turquia

Recep Tayyip Erdogan

Regime de Erdogan suspeita que os militares estejam ligados à tentativa de golpe de Estado do ano passado

Mais de 9 mil funcionários da polícia turca foram suspensos temporariamente por serem suspeitos de estarem ligados ao clérigo Fethullah Gülen, avança a agência pro-governamental Anadolu. 

Gülen é acusado por Ancara de ser responsável pela tentativa de golpe de Estado de julho passado, o que o líder religioso recusa.

Segundo a Anadolu, os polícias foram retirados de serviço numa operação nacional do Governo, na qual foram detidas 1.120 pessoas. Os suspeitos estão a ser investigados e não se sabe ainda se as suspensões estão diretamente relacionadas com as detenções.

Esta quarta-feira, o regime de Erdogan emitiu 3.224 mandados de captura contra 3.224 pessoas por suspeitas de ligações a Gülen.

De acordo com o ministro do Interior, Suleyman Soyly, o Governo acredita que os seguidores de Gülen "se tenham infiltrado na forças policial".

Esta manhã, foi lançada uma operação em 81 províncias. E ainda continua. Neste momento em que vos falo, 1.009 [pessoas] foram detidas em 72 províncias”, afirmou o ministro durante a manhã.

Desde o golpe de Estado, mais de 100 mil pessoas - incluindo militares, professores, magistrados e polícias - foram suspensos do serviço civil como parte da repressão do governo pós-golpe.

As últimas detenções acontecem dez dias depois do referendo na Turquia, em que ganhou o "sim" às mudanças constitucionais.

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