Afeganistão: 823 pessoas retiradas para EUA em avião de transporte militar - TVI

Afeganistão: 823 pessoas retiradas para EUA em avião de transporte militar

  • Agência Lusa
  • PP
  • 20 ago 2021, 21:32
O desespero numa imagem. São 640 pessoas dentro de um avião sobrelotado a tentar fugir do Afeganistão

Uma estimativa inicial apontava para 640 passageiros, mas o número não incluía 183 crianças, muitas delas sentadas ao colo dos pais

Um número recorde de 823 passageiros foram, segundo o Pentágono, levados de Cabul, no Afeganistão, para os Estados Unidos num avião de transporte militar, um voo apinhado cuja foto já se tornou ícone das operações de retirada.

Uma estimativa inicial apontava para 640 passageiros, trazidos de autocarro para a pista, mas o número não incluía 183 crianças, muitas delas sentadas ao colo dos pais, disse hoje o comando aéreo militar norte-americano.

O avião "transportou, em segurança, 823 afegãos do Aeroporto Internacional Hamid Karzai", referiu o comando militar dos EUA, que na terça-feira tentou relativizar a ideia de pressa e caos em torno das evacuações.

​​​​​​​Este é um recorde para um avião de transporte militar C-17 Globemaster III, mais do dobro da sua capacidade normal.

O Pentágono não especificou o número de tripulantes do avião, apinhado, que descolou no domingo, de emergência, de Cabul.

A fotografia, já icónica, do interior do C-17 repleto de afegãos sentados,​​​​​​​ "testemunha a humanidade dos nossos soldados na sua missão", adiantou o General Hank Taylor em nome do Pentágono.

Os Talibãs, movimento extremista afegão, entrou no domingo em Cabul, após ter conquistado a maioria das capitais provinciais do Afeganistão numa ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada por Washington contra o regime talibã, que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, cérebro dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Os talibãs já asseguraram que as mulheres poderão estudar e trabalhar.

Quando ocuparam o poder, entre 1996 e 2001, aquelas estiveram impedidas de estudar, trabalhar ou andar na rua sem "guardião".

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