Bullying por se assumir como gay levou à morte menino de 9 anos - TVI

Bullying por se assumir como gay levou à morte menino de 9 anos

  • 28 ago 2018, 19:06
Jamel Myles e a mãe, Leia Pierce

Mãe da criança diz que perseguição na escola levou filho a suicidar-se, três dias após o início do ano letivo. Caso está a agitar a comunidade de Denver, no estado norte-americano do Colorado

Nove anos, apenas três dias de escola neste ano letivo e Jamel Myles pôs termo à própria vida na passada semana. Foi a mãe, Leia Pierce, que encontrou o filho e o tentou reanimar. Sem sucesso. O óbito da criança foi declarado num centro médico e o instituto de Medicina Legal de Denver confirmou que a casua da morte fora suicídio, sem envolver qualquer arma de fogo.

Os pormenores da morte do pequeno Jamel não foram revelados. Para a mãe, contudo, a causa básica terá sido o bullying sofrido pelo filho na escola, assim que começou as aulas na passada segunda-feira, dia 20 de agosto.

Ao jornal The Denver Post, Leia Pierce - ou Leia Rochelle - revelou que o menino se teria assumido como homossexual e regressara à escola com unhas postiças. Constantemente pressionado, terá posto fim á própria vida.

Perdi uma razão para respirar... o meu coração, o meu raio de sol, o meu filho... Ele estava a ser alvo de bullying e eu não sabia. Não sabia, até ser demasido tarde... Quem me dera saber de tudo para que pudesse ter parado isso... como vou viver com todos os meus filhos? O meu filho homem é o melhor e sinto a sua falta e só quero estar com ele... Ele está agora no Céu e não estou pronta para isso.. Não devia ter de sepultar o meu filho ele só tem 9 anos", escreveu a mãe, Leia, numa publicação na rede Facebook.

Noutra publicação, Leia afirmou querer "justiça para meu filho e a única maneira de conseguir isso é tocar o coração das pessoas e dizer-lhes que se amarmos mais, será mais difícil odiar”.

Eu ensinei a todos os meus filhos que somos todos iguais e ele tratava as pessoas como iguais porque ele aprendia amor... ensine os vossos filhos a amar, por favor. Parem com o bullying", esrceveu a mãe.

Escola desculpa-se

O caso dramático começou e está a indignar diversas organização, dentro e fora do estado do Colorado, mais ainda, devido à aparente inépcia da escolar.

Um dia após a morte de Jamel, Christine Fleming, a diretora da escola, enviou uma carta aos pais expressando "extrema tristeza" pela "perda inesperada na nossa comunidade escolar".

Nossos pensamentos estão com a família do aluno, neste momento. Continuaremos a refletir sobre esta triste notícia como comunidade escolar", acrescentou a diretora Fleming.

Segunda-feira, coube à autoridade escolar de Denver tornar pública uma declaração sobre o caso, dizendo estar "profundamente comprometida em garantir que todos os membros da comunidade escolar sejam tratados com dignidade e respeito, independentemente de orientação sexual, identidade de género".

É fundamental que os nossos alunos recebam todo o apoio necessário para aprender e prosperar num ambiente seguro e acolhedor. As nossas políticas e práticas formais refletem esse compromisso de garantir que os nossos alunos LGBTQ+ possam prosseguir a sua educação com dignidade, através de políticas e procedimentos para prevenir e parar o bullying", sublinhou a declaração.

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