China alerta para que se evite situação "irreversível" na Península de Coreia - TVI

China alerta para que se evite situação "irreversível" na Península de Coreia

  • ALM
  • 14 abr 2017, 09:41
Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, assiste a teste de motor de foguetão, 19 de março 2017

Afeganistão já fez saber que foi avisado do ataque de ontem pelos Estados Unidos, que não fez vítimas civis mas matou 36 pessoas suspeitas de serem militantes do auto proclamado Estado Islâmico

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse esta sexta-feira que é necessário evitar que a situação na península da Coreia se torne "irreversível", apelando ao diálogo, noticia a Reuters.

Wang falava em conferência de imprensa conjunta com o homólogo francês, Jean-Marc Ayrault. As preocupações aumentam com a probabilidade de a Coreia do Norte fazer outro este nuclear este sábado, o sexto, ou mais lançamentos de misseis, desafiando as sanções impostas pela Nações Unidas e os avisos dos Estados Unidos de qua a paciência tinha acabado.

Donald Trump já telefonou ao presidente chinês e voltou a pedir a Pequim que aumente a pressão sobre o regime da Coreia do Norte.

Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês advertiu que quem provocar uma guerra na península coreana "deverá assumir as suas responsabilidades históricas e pagar o preço".

Se houver uma guerra, o resultado será uma situação em que todos perdem e ninguém sairá vencedor", afirmou ainda Wang.

Também esta sexta-feira, em entrevista exclusiva à Associated Press, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano disse  que a situação na península coreana está num “círculo vicioso” e que os comentários “agressivos” do presidente dos EUA no Twitter estão “a causar problemas”.

Han Song Ryol reforçou que que não é a Coreia do Norte, mas sim os Estados Unidos e o presidente Donald Trump que estão "a causar problemas".

Trump está sempre a fazer provocações com as suas palavras agressivas (...) Não é a Coreia do Norte, são os Estados Unidos e Trump que estão a causar problemas", disse.

Entretanto, o porta-voz do governo afegão confirmou no Twitter que o país tinha sido informado do bombardeamento realizado pelos forças norte-americanas no leste do país e está neste momento a avaliar os danos.

Reuters, citando o ministro da Defesa do Afeganistão, noticia que o ataque dos Estados Unidos, esta quinta-feira, fez, pelo menos 36 mortos suspeitos de serem militantes do Estado Islâmico. Mas os militares norte-americanos garantem que houve qualquer vítima entre os civis.

Os Estados Unidos lançaram, pela primeira vez em combate, a gigantesca bomba GBU-43, o engenho explosivo não-nuclear de maiores dimensões do arsenal norte-americano. O ataque surge na mesma altura em que Donald Trump enviou para Cabul uma delegação de alto nível face à incerteza sobre os 9.000 militares que estão no Afeganistão.

Rússia apela à diplomacia e contenção

Na reação, o Kremlin disse esta sexta-feira ser favorável aos métodos diplomáticos na resoluções de todas as crises, incluindo a da península da Coreia, com a tensão crescente entre Washington e Pyongyang sobre o programa de energia nuclear da Coreia do Norte.

Pedimos contenção a todos países e apelamos para que se contenham de quaisquer atos que possam soar a provocação", disse o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov,em conferência de imprensa.

 

 

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