Trump concede perdão presidencial a magnata que o elogiou - TVI

Trump concede perdão presidencial a magnata que o elogiou

  • AG
  • 16 mai 2019, 19:58
Donald Trump

Conrad Black é um cidadão britânico de origem canadiana e ficou conhecido por deter um império mediático. Caiu em desgraça quando foi condenado, em 2007, por práticas fraudulentas e obstrução à justiça, acusado de ter desviado milhões de dólares das vendas dos jornais da empresa que detinha

Donald Trump concedeu um perdão presidencial ao milionário Conrad Black, depois de este ter escrito uma biografia elogiosa sobre o presidente dos Estados Unidos.

Black caiu em desgraça quando foi condenado, em 2007, por práticas fraudulentas e obstrução à justiça, acusado de ter desviado milhões de dólares das vendas dos jornais da empresa que detinha. Foi condenado a seis anos e meio de prisão e acabou por cumprir três anos e meio.

Um antigo membro da casa britânica dos Lordes, Black foi deportado dos Estados Unidos e regressou ao Canadá após cumprir a sentença. Além da deportação, Black ficou impedido de entrar nos Estados Unidos nos 30 anos seguintes.

A nota de clemência foi assinada pelo presidente norte-americano nesta quarta-feira e refere que, apesar da condenação de Black, o supremo tribunal americano “discordou largamente e anulou quase todas as acusações”.

Black é um cidadão britânico de origem canadiana e ficou conhecido por deter um império mediático, com publicações como o The Daily Telegraph ou o Chicago Sun Times.

Este perdão surge no seguimento do livro escrito por Black, que também é historiador, intitulado “Donald J. Trump: um presidente como nenhum outro”. Na carta de perdão, Black é descrito pela Casa Branca como “um empresário e um escolástico” que teve uma “tremenda contribuição nos negócios, bem como na política e na história”.

Sem nunca mencionar a biografia escrita sobre Trump, a missiva fala na obra do autor para dizer que é um “autor de várias biografias e trabalhos historiográficos”. Black também escreveu biografias de Franklin Roosevelt e Richard Nixon, também eles presidentes dos Estados Unidos.

A nota, altamente elogiosa, acaba com a referência de que a decisão de perdoar Conrad Black é “inteiramente merecida”.

O magnata contou ao National Post como foi o momento em que soube do perdão: “Ligaram-me da Casa Branca e disseram-me para aguardar pelo presidente.” Black não terá acreditado, julgando ser uma partida de amigos, até que ouviu a voz de Trump.

Conrad continua a clamar inocência, alegando que tudo não passou de uma conjugação de “infelizes coincidências”, atirando a culpa para responsáveis administrativos e para os juízes do caso.
 

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