Kamala Harris fez história como primeira mulher presidente dos EUA - TVI

Kamala Harris fez história como primeira mulher presidente dos EUA

  • Agência Lusa
  • BCE
  • 19 nov 2021, 22:11
Kamala Harris faz história, de novo

Joe Biden transferiu-lhe os poderes enquanto esteve submetido a uma anestesia para realizar um exame médico. Porta-voz do governo norte-americano fala num marco histórico, "notável para as mulheres e meninas de todo o país"

Kamala Harris protagonizou, esta sexta-feira, um momento histórico ao tornar-se, ainda que durante hora e meia, na primeira mulher presidente dos Estados Unidos, após Joe Biden lhe ter transferido os poderes para se submeter a uma colonoscopia.

A administração Biden continua a estabelecer recordes e Kamala Harris, que já se havia tornado na primeira pessoa negra e descendente do sul da Ásia a ser vice-presidente, foi agora presidente interina durante 85 minutos.

O democrata, que é a pessoa mais velha a ocupar o cargo de presidente, submeteu-se, na véspera de completar 79 anos, a uma colonoscopia de rotina no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed e transferiu os poderes para a vice-presidente enquanto esteve submetido a uma anestesia, noticia a agência AP.

A porta-voz do governo norte-americano, Jen Psaki, explicou que Biden retomou as suas funções após falar com Harris e o chefe de gabinete da Casa Branca, Ron Klain, aproximadamente pelas 11:35 [16:35 em Lisboa].

Enquanto presidente interina, Kamala Harris trabalhou desde o seu gabinete na ala oeste da Casa Branca, indicou Jen Psaki.

Assim que Biden acordou do procedimento médico, Harris viajou para Ohio.

Jen Psaki salientou que a vice-presidente “faz história todos os dias” e que Biden sabia bem da dimensão da escolha quando a convidou para a administração.

Hoje [sexta-feira] foi certamente mais um capítulo dessa história. Acho que é notável para as mulheres e meninas de todo o país”, acrescentou a porta-voz do governo.

Saúde de Joe Biden gera preocupação

O interesse pela saúde do presidente norte-americano tem estado em alta desde que este anunciou a corrida à Casa Branca, em 2019, e continua numa altura em que há especulações sobre uma eventual recandidatura em 2024.

Biden foi ao centro médico nos subúrbios de Washington para o seu primeiro exame físico de rotina enquanto presidente, o primeiro desde dezembro de 2019.

No último exame físico, os médicos tinham considerado Biden “saudável e vigoroso” e “apto para executar com sucesso as funções de Presidente”.

Segundo o relatório médico da altura Biden teve, desde 2003, episódios de fibrilação atrial, uma forma de batimento cardíaco irregular e potencialmente sério, mas tratável.

O médico responsável, Kevin O’Connor, citou uma lista de testes que demonstravam que o coração de Joe Biden estava a funcionar normalmente e que o único cuidado era a toma de um medicamento para prevenir o risco de coágulos sanguíneos ou derrames.

Em 1988, Biden teve um grave problema de saúde, que requereu cirurgia para tratar dois aneurismas cerebrais. Segundo o médico, desde então o atual presidente não teve mais problemas deste tipo, citando um exame de 2014.

Seguindo a 25.ª emenda da Constituição, Joe Biden assinou cartas ao senador democrata Patrick Leahy, presidente do Senado, e à presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, às 10:10 [15:10 em Lisboa], referindo que não podia cumprir as suas funções durante o efeito de anestesia.

Após a conclusão do exame, às 11:35 [16:35 em Lisboa], enviou novamente cartas a estas figuras para reassumir funções.

No final, o médico da Casa Branca garantiu que o presidente continua "saudável" e "em forma" para prosseguir com os deveres presidenciais.

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