Pais processam escola por pintar o cabelo do filho com marcador preto - TVI

Pais processam escola por pintar o cabelo do filho com marcador preto

  • AG
  • 21 ago 2019, 12:43
Escola pinta cabelo de aluno com marcador

Adolescente de 13 anos tinha um penteado em forma de M, que, alegadamente, ia contra as regras do estabelecimento

Os pais de um adolescente norte-americano estão a processar a escola do filho depois de três funcionários lhe terem pintado o cabelo com um marcador. A instituição, a escola básica Berry Miller, em Pearland, no Texas, alega que o penteado do rapaz não estava de acordo com as regras. O caso remonta a abril, mas só agora chegou à justiça.

No domingo, os pais deram entrada no tribunal federal uma ação de direitos civis contra o distrito escolar de Pearland e os três funcionários da Berry Miller.

O aluno, de 13 anos, identificado como J.T., tinha um "M" desenhado na cabeça, o que levou o diretor da escola a ameaçar suspendê-lo se não pintasse o cabelo, de forma a apagar a marca. Como J.T. não acedeu ao pedido, três funcionários decidiram pintar-lhe a cabeça com um marcador preto.

O J.T. sentiu-se extremamente humilhado e envergonhado", pode ler-se no processo, citado pelos meios de comunicação norte-americanos.

Embora lamente a situação, a escola de Pearlad insiste que o rapaz violou a conduta de vestuário.

O corte de cabelo tipicamente afroamericano violava a política de vestuário da escola de Pearland", terão dito os funcionários, segundo o processo movido.

O código de conduta em vigor na altura dizia que "o cabelo deve estar penteado, limpo e bem arranjado", relembrando que "cortes de cabelo extremos como desenhos ou cristas não são permitidos". A escola decidiu mudar o código de conduta em maio, já depois do episódio, mas continua a deixar várias indicações em relação ao cabelo: "Deve estar limpo, penteado e bem arranjado; cores não são permitidas; bigodes ou barbas não são permitidos; chapéus, bonés ou fitas não são permitidos".

A escola de Berry Miller dá ainda um exemplo do que deve e não deve ser usado.

O processo movido pela família refere ainda que os funcionários que pintaram a cabeça do aluno fizeram-no enquanto se riam e brincavam com a situação.

Eles riam-se enquanto pintavam, sem pressas, a cabeça de J. T. Foi preciso esfregar a cabeça do menor de 13 anos durante vários dias para que a tinta saísse", consta no processo.

 

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