Um comentário racista no Twitter custou a sitcom a Roseanne Barr, programa que tinha voltado este ano ao grande ecrã após 21 anos de interregno.
Roseanne Barr, que é assumidamente apoiante de Donald Trump, referiu-se a Valerie Jarrett, antiga assessora de Barack Obama, como aquilo que aconteceria se “a Irmandade Muçulmana e o Planeta dos Macacos tivessem um bebé”, frase que levou ao fim do programa.
Rapidamente milhates de pessoas se insurgiram contra a humorista, que se defendeu dizendo que era só uma piada, que não era racista até porque o “Islão não é uma raça” e inclui “todas as raças de pessoas”.
Esforço que foi em vão e acabou com um novo pedido de desculpas a Valerie Jarrett e a todos os que se sentiram ofendidos.
Peço desculpa a Valerie Jarrett e a todos os americanos. Estou realmente arrependida de ter feito uma má piada sobre a orientação política e o aspecto dela. Devia ter pensado melhor. Perdoem-me – a minha piada foi de mau gosto.”
I apologize to Valerie Jarrett and to all Americans. I am truly sorry for making a bad joke about her politics and her looks. I should have known better. Forgive me-my joke was in bad taste.
— Roseanne Barr (@therealroseanne) 29 de maio de 2018
Quem também não gostou da piada foi Channing Dungey, a presidente responsável pela área de entretenimento do canal ABC e a primeira mulher negra a ter um cargo desses num canal generalista norte-americano desta dimensão.
“A declaração de Roseanne no Twitter é abominável, repugnante e inconsistente com os nossos valores, e decidimos cancelar o programa dela”, pode ler-se num comunicado divulgado no The New York Times.
Os dois primeiros episódios da série fizeram mais de 18 milhões de espectadores nos Estados Unidos e o último episódio, transmitido a 22 de maio conseguiu 10 milhões de audiência. A segunda série estava já a ser realizada, mas o comentário no Twitter da comediante cancelou tudo.