O presidente Trump chegou a acordo com o Congresso para suspender o chamado "shutdown", que dura há 35 dias e é a mais longa paralisação da história dos serviços estatais norte-americanos, por falta de acordo sobre o orçamento.
Ao que adiantam vários meios de comunicação, Trump não terá conseguido acordo para a sua intenção de construir um muro na fronteira com o México, mas conseguiu que as negociações prossigam durante as três semanas de tréguas, o que irá permitir desbloquear os salários de cerca de 800 mil trabalhadores federais.
Chegámos a um acordo para acabar com a paralisação e reabrir o governo federal", disse Trump, falando nos jardins da Casa Branca.
O presidente norte-americano adiantou que o acordo conseguido entre parlamentares, democratas e republicanos, inclui um painel que irá trabalhar num pacote de segurança nas fronteiras.
Trump disse ainda que tem uma "alternativa muito poderosa" - no que pode ser entendido como uma referência à hipótese de declarar uma emergência nacional para financiar o muro na fronteira com o México -, mas disse que "não vai usá-la".
Trump agradeceu aos americanos e disse que está trabalhando para garantir que os trabalhadores que perderam dois salários durante o "shutdown" recebem o seu dinheiro o mais rapidamente possível.
Agradeço a todos os americanos. Vocês são pessoas muito, muito especiais... Quando digo 'façamos a América novamente grande', isso nunca poderia ser feito sem vocês", afirmou Trump.
Ou muro ou novo "shutdown"
Apesar do acordo por três semanas, Donald Trump assumiu estar decidido a não ceder, caso o Congresso não aceite viabilizar a construção do muro na fronteira sul do país, com o México.
Vou ser muito claro: nós não temos escolha, senão construir um muro poderoso ou uma barreira de aço. Se não conseguirmos um acordo justo com o Congresso, o governo voltará novamente ao 'shutdown' a 15 de fevereiro ou usarei os poderes que me são conferidos pelas leis e pela Constituição dos Estados Unidos para resolver essa emergência", afirmou.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 25 de janeiro de 2019