Estudo em larga escala nos EUA revela eficácia de 90% das vacinas da Pfizer e Moderna - TVI

Estudo em larga escala nos EUA revela eficácia de 90% das vacinas da Pfizer e Moderna

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 29 mar 2021, 19:53
Vacinação em Atlanta, na Georgia, Estados Unidos

Além do valor de eficácia para as duas doses, o estudo descobriu que as vacinas eram 80% eficazes duas semanas ou mais após a primeira dose

A primeira análise do governo dos Estados Unidos sobre o uso real das vacinas contra a covid-19 concluiu que os valores de imunidade são idênticos aos dos estudos mais restritivos.

O estudo baseou-se no uso das vacinas da Pfizer e da Moderna e, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), foram registadas taxas de eficácia de 90% após a toma das duas doses.

Nos testes levados a cabo pelas farmacêuticas norte-americanas, as vacinas foram cerca de 95% eficazes na prevenção de uma infeção grave por covid-19.
 

Esta é uma notícia muito reconfortante”, disse Mark Thompson do CDC e principal autor do estudo. “Temos vacinas que estão a funcionar muito bem”.

O estudo é a primeira avaliação do governo de como as imunizações têm funcionado além dos testes iniciais. Os resultados às vezes podem mudar quando as vacinas são usadas em populações maiores e mais diversas, fora dos estudos limitados.

Com quase 4.000 voluntários de seis estados diferentes, este estudo de larga escala concentrou-se em profissionais de saúde, bombeiros e outros profissionais da linha de frente que tinham prioridade na vacinação. 

Os voluntários receberam kits de testagem nasal para usar semanalmente, com o objetivo de verificar se há sinais de infeção por coronavírus.

A base de evidências para as vacinas covid-19 (atualmente disponíveis) já é forte e continua a aumentar cada vez mais com estudos como este”, disse à Reuters David Holtgrave, reitor da Escola de Saúde Pública da Universidade de Albany, por e-mail.

O estudo incluiu cerca de 2.500 voluntários que completaram duas doses da vacina, cerca de 500 que receberam uma dose e cerca de 1.000 que não foram vacinados entre meados de dezembro e meados de março.

Os investigadores contaram 205 infecções, com 161 delas no grupo não vacinado. Dos 44 restantes, o CDC disse que 33 dos casos diagnosticados foram registados em pessoas aparentemente infetadas duas semanas após a primeira dose. Especialistas já garantiram que demora duas semanas para que a dose tenha o efeito total.

A partir deste estudo de larga escala, não foram identificados óbitos e apenas dois casos necessitaram de apoio hospitalar. O CDC não disse, no entanto, se as pessoas hospitalizadas foram vacinadas ou não.

Além do valor de eficácia de 90% para as duas doses, o estudo descobriu que as vacinas eram 80% eficazes duas semanas ou mais após a primeira dose.

A diretora do CDC, Dra. Rochelle Walensky, classificou o estudo de "tremendamente encorajador".

Walensky sublinhou que os esforços norte-americanos para alargar a vacinação “estão a funcionar”. Numa conferência de imprensa na Casa Branca, a diretora acrescentou que mais de 93 milhões de norte-americanos receberam pelo menos uma dose da vacina e mais de 51 milhões de pessoas foram totalmente vacinadas.

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